A Polícia Civil do Distrito Federal está investigando um grupo que oferecia "consultoria" de investimentos em criptomoedas com falsas promessas de rendimento e que teria movimentado R$ 2 milhões com a fraude. A notícia é do Jornal de Brasília.

A 14a. Delegacia de Polícia cumpriu três mandados de busca e apreensão da Operação Mamon nas cidades-satélite de Gama e Santa Maria, em busca de provas contra o grupo criminoso.

A promessa do grupo era de que a suposta consultoria daria 12% de lucros aos investidores ao mês. A tática era a mesma de outros grupos de pirâmides de criptomoedas: os envolvidos usavam as redes sociais para ostentar a suposta riqueza obtida através de investimentos em criptomoedas e atraíam vítimas para a fraude.

Acreditando na promessa de alto retorno financeiro, as vítimas repassavam grandes quantias para o negócio, que teria recebido mais de R$ 2 milhões das vítimas antes de misteriosamente ter sido encerrado.

A 14a. DP não deu informações sobre o número de vítimas do grupo. No cumprimento dos mandados de busca e apreensão, os oficiais encontraram carros de luxo e outros bens de alto valor, que foram apreendidos.

Desde a metade de 2019, uma série de empresas fraudulentas seguiu este mesmo caminho: surgiam oferecendo investimentos em criptomoedas com rendimento "garantido" e oferecendo incentivos para aqueles que trouxessem mais clientes para o "negócio". As mesmas empresas criavam um ecossistema de líderes nas redes sociais com objetivo de passar a imagem de enriquecimento rápido.

Quando a pirâmide começava a ruir, alegavam ação de hackers, bloqueavam saques, culpavam a Comissão de Valores Mobiliários, prometiam uma data futura para quitar as dívidas - que não seria cumprida - e até chegavam a converter criptomoedas reais em moedas sem valor, às vezes sequer com a certificação de uma blockchain.

Embora as fraudes ainda aconteçam no Brasil, a polícia civil e os ministérios públicos estaduais - assim como a própria CVM - têm atuado para coibir e investigar as fraudes que usam criptomoedas para ludibriar as vítimas.

LEIA MAIS