Empresa focada no desenvolvimento de software e criação e manutenção da infraestrutura de funcionamento da rede Ethereum (ETH), a ConsenSys abriu oito vagas de trabalho a serem preenchidas por profissionais brasileiros do setor de tecnologia.
As vagas abertas destinam-se a programadores disponíveis para trabalhar em regime de trabalho remoto no desenvolvimento de produtos do portfólio da empresa. Há uma vaga para Engenheiro sênior de produtos para dispositivos móveis com foco na Web3 vinculada diretamente à MetaMask - carteira digital utilizada por mais de 10 milhões de usuários que funciona como portal de acesso aos protocolos descentralizados baseados na rede Ethereum e outras redes compatíveis com o Ethtereum Virtual Machine (EVM).
Outras vagas oferecem posições para desenvolvedores de ferramentas para implantação de contratos inteligentes, engenheiros especializados em tecnologia blockchain, engenheiros de front-end e gerente de produtos. É possível visualizar e candidatar-se a todas as vagas disponíveis através do LinkedIn. Não há informações sobre os salários referentes às posições oferecidas.
Real Digital
Na última quinta-feira, 3, o Banco Central divulgou uma lista de empresas parceiras que vai trabalhar em conjunto com a instituição para desenvolvimento e implantação do Real Digital e a ConsenSys está entre elas. Segundo o comunicado do BC, a ConsenSys vai criar uma solução DeFi (finanças descentralizadas) para financiamento de pequenas e médias empresas em associação com a Visa e a Microsoft.
Em janeiro deste ano durante participação no painel “Web 3.0 e o futuro da internet” no evento Future of Money, o CEO da ConsenSys, Joseph Lubin, mencionou a aproximação da empresa com o BC, destacando a importância de parcerias entre empresas ligadas à Web3 e autoridades monetárias estatais para promover a inclusão e a democratização do acesso financeiro à população:
“É importante que os bancos centrais continuem levando isso para frente, existem muitas pessoas que dependem de sistemas monetários que funcionem de forma efetiva. Nossa tecnologia será muito superior, mas também é disruptiva. E tecnologias disruptivas tendem a começar de maneira difícil, mas a promessa é que trarão grandes melhorias de diferentes dimensões e permitirão coisas que não eram possíveis antes”.
No entanto, a semana que passou trouxe notícias desconfortáveis tanto para a ConsenSys quanto para o próprio Lubin. Na quinta-feira, ex-funcionários da ConsenSys solicitaram uma auditoria sob o Código Suíço de Obrigações para investigar “irregularidades graves” envolvendo Lubin e a empresa.
De acordo com a petição os ex-funcionários alegam que “propriedades intelectuais fundamentais e subsidiárias foram transferidas ilegalmente” da ConsenSys AG (que se refere como CAG) para uma nova entidade chamada “ConsenSys Software Incorporated” (CSI) em 14 de agosto de 2020. Ambas as empresas teriam Joseph Lubin, que também é um dos cofundadores do Ethereum, como principal acionário e a transferência reportada teria prejudicado os acionistas minoritários.
No mesmo dia que a notícia do pedido de auditoria veio à tona, um episódio de bloqueio aos usuários venezuelanos da MetaMask maculou a suposta descentralização da carteira digital, embora a ConsenSys tenha justificado o problema a uma reconfiguração acidental de atualizações que acabaram sendo "mais amplas do que precisavam ser" para atender as "novas diretrizes referentes às sanções impostas pelos EUA e outras jurisdições", conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.
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