Funcionário do Departamento de Trânsito da cidade de Planaltina, Goiás, estão sendo investigados por suspeitas de liberar veículos irregulares mediante o pagamento de propina que seria depois convertida em criptomoedas.

Segundo reportagem do portal é mais Goias, os funcionários seriam um vistoriador e uma servidora do Detran.

No caso, que vem sendo investigado pela Polícia Civil da cidade, os suspeitos liberaram veículos irregulares mediante o pedido de pagamento de propina que era feito junto a despachantes.

Segundo a Polícia Civil, com o dinheiro em mãos os acusados compravam criptomoedas com a finalidade de dificultar o rastreamento dos valores recebidos e a recuperação do dinheiro em eventual apreensão

Ainda de acordo com as autoridades, o crime foi descoberto depois que uma das despachantes foi chamada para prestar esclarecimentos sobre outros crimes.

Durante seu depoimento ela permitiu que os investigadores tivessem acesso ao seu celular e nele a polícia descobriu o esquema com o Detran.

Todos os suspeitos foram afastados dos cargos por acusação de organização criminosa, lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores.

Mega operação da Policia em exchanges de criptomoedas

Nesta semana a Polícia Civil de São Paulo também realizou uma operação envolvendo Bitcoin (BTC) e criptomoedas para cumprir ordens judiciais contra exchanges de Bitcoin e criptomoedas suspeitas de fraude em São Paulo e Diadema.

A operação comandada pela 1ª Delegacia de Polícia da Divisão de Investigações sobre Crimes contra a Administração, Combate à Corrupção e Lavagem ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores, do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) faz parte a “Operação Exchange” e cumpriu 6 mandados de busca.

As empresas não tiveram os nomes divulgados, mas a suspeita é de que as empresas usavam "laranjas" para transferir grandes quantias entre si e também usavam empresas de fachada para comandar fraudes.

As investigações apontam que em 5 meses as empresas movimentaram R$ 10 milhões em criptomoedas e 6 das empresas de fachada compraram no mesmo período mais R$ 15 milhões em criptoativos. Em nota, a Polícia Civil explicou o caso:

"Acredita-se que as corretoras investigadas, que não promovem mínima verificação da legitimidade das instituições com quem negocia, tampouco a origem dos valores transacionados, valem-se do mercado negro para obter lucro e dar aspecto lícito ao dinheiro recebido, operando conscientemente em favor de uma organização criminosa destinada à lavagem de capitais por meio de criptomoedas, ou seja, as operações destinam-se ao envio de dinheiro para empresas no exterior (Offshores) com posterior repatriação por meio de simulação de operações de vendas ou de prestação de serviços."

Os mandados judiciais determinaram o bloqueio e sequestro de valores de 2 pessoas físicas e 17 empresas, totalizando R$ 172 milhões bloqueados.

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