Apesar do crash do mercado cripto em março, em consequência da crise global de coronavírus, os fundos de investimentos em criptoativos brasileiros regulados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) já acumulam 7% de alta em 2020. A matéria é do Valor Investe.

A matéria analisa cinco fundos cripto registrados na CVM, das gestoras Hashdex e BLP Assets, além de três fundos da gestora Transfero Swiss no exterior.

Todos os fundos tiveram reduções nos valores das cotas, dizem os textos, com alguns registrando pequena queda, como o BLP Criptoativos (-3,95%) e Hashdex Discovery (-2,55%), enquanto outros com mais exposição tiveram derrapada maior, como o BLP Crypto Assets (-20,45%) e o Hashdex Voyager (-18,27%). No mesmo período, o Ibovespa caiu 28%.

Além disso, foi registrada fuga de capitais em todos os fundos em março, com o BLP Criptoativos FIM perdendo 14% do patrimônio. Os fundos de varejo também perderam cotistas, enquanto os produtos para investidores qualificados e profissionais da Hashdex receberam mais investidores.

O texto também diz que todos os fundos de criptoativos tiveram variação positiva até 31 de março de 2020, com valorização de mais de 5%, enquando os produtos de varejo já acumulam valorização de mais de 18%.

No acumulado do ano, mesmo com a pandemia e os impactos econômicos globais e nos mercados de ações, todos os fundos tiveram aumento de patrimônio líquido e de cotistas até aqui em 2020.

Glauco Cavalcanti, da BLP, diz que os criptoativos se comportaram bem em tempos de pânico:

“Em um momento de pânico como o que se viu em março, só existem dois tipos de ativos: caixa e não caixa. A pessoa precisa honrar compromissos. [...] As criptos se comportaram bem. A volatilidade aumentou, mas, em comparação, a da bolsa foi maior”.

Já Marcelo Sampaio, da Hashdex, diz que apesar do BTC ter acompanhado outros ativos no começo da crise, as criptomoedas estão em movimento de recuperação:

"No primeiro momento da crise, o bitcoin acompanhou o movimento dos outros ativos de risco.. [...] Ainda em meados de março as criptos começaram uma recuperação, uma semana antes das classes tradicionais, o que no Brasil foi acentuado pela depreciação do câmbio. Com isso, nossos fundos vêm tendo apreciação".

Como noticiou o Cointelegraph Brasil nesta semana, a CVM autorizou mais um fundo de criptoativos para o mercado brasileiro, desta vez da gestora QR Capital. O fundo deve ser destinado a investidores qualificados e terá 100% de exposição em criptomoedas.

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