Um dos líderes da Unick Forex, preso na Operação Lamanai da Polícia Federal, estaria disposto a colaborar com as investigações e fazer uma delação premiada sobre como funcionava o suposto golpe organizado pela empresa de Novo Hamburgo, segundo informou o Jornal NH.

Segundo a publicação a delação está sendo negociada com o Ministério Público Federal e promete revelar o paradeiro de cerca de R$ 28 bilhões que teria sido o total arrecadado pela empresa que afirmava realizar operações com Bitcoin no mercado Forex, prometendo rentabilidade de até 4% ao dia. O acordo que vem sendo costurado pelo Ministério Público Federal também envolveria vantagens ao suposto delator.

O delator também estaria disposto a entregar "gente grande" que ainda não foi citada no processo e que estaria envolvida no esquema, alega a reportagem. O nome do delator não foi revelado. Atualmente, todos os 13 líderes da Unick Forex presos na Operação Lamanai continuam na cadeia apesar de diversos pedidos feitos a justiça pelo fim da prisão provisória.

As investigações da Polícia Federal e o MPF estão revelando como funcionava o esquema e como agiam seus líderes. Recentemente a PF revelou uma série de conversas envolvendo Leidimar Lopes, presidente da Unick Forex.

Nos áudios Lopes confirma que a empresa não tinha liquidez para pagar seus clientes e desdenha das dívidas da empresa, "Eles que se f...", disse alegando que nunca falou que devolveria o dinheiro de ninguém que investiu na empresa e que essa era sua intenção desde o início.

Mesmo com todas as denúncias, operações polícias e outras investigações, clientes da Unick Forex, criaram um abaixo assinado para pressionar o Ministério Público e Polícia Federal para absolver a empresa e seus criadores. O abaixo assinado já conseguiu mais de 15 mil assinaturas de pessoas que acreditam que a empresa era idônea.