Diante de uma macroeconomia de números pouco animadores e sinais de tempos nebulosos pela frente, os investidores do mercado de criptomoedas, ao que parece, estão se alternado entre tímidas entradas e liquidação de posições, em grande parte dos detentores institucionais de Bitcoin (BTC), que apresentava leve recuperação na manhã desta sexta-feira (2) ao ser negociado por volta de US$ 20,1 mil e com alta de 1%.
A criptomoeda detinha 39% de dominância de mercado, cujo volume total era de pouco mais de US$ 987 bilhões com alta diária de 1,44% diante da divulgação pouco estimulante de dados do crescimento das principais economias mundiais no segundo trimestre de 2022.
Na última quinta-feira (1º), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que o país obteve um crescimento de 1,2% em seu Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre deste ano, crescimento que foi impactado pelo setor de serviços, aumento do consumo das famílias e investimentos, principalmente. Apesar de o resultado favorecer a elevação da projeção anual para 3%, a expectativa ainda é de desaceleração econômica no segundo semestre.
O resultado divulgado pelo IBGE colocou o Brasil em sétimo lugar em um levantamento divulgado pela agência de classificação de risco Austin Rating entre as principais economias do mundo. Ranking liderado pela Holanda, que cresceu 2,6% em relação ao PIB do trimestre anterior, seguida por Turquia, Arábia Saudita, Israel, Colômbia e Suécia, com 2,1%, 1,8%, 1,6%, 1,5% e 1,4%, respectivamente. Enquanto isso, as duas maiores economias do planeta, a dos Estados Unidos e da China, registraram variações negativas, respectivamente de -0,2% e -2,6%.
Entre as principais altcoins por capitalização de mercado, as altas diárias variavam entre 0,5% e 3%, com exceção do Polygon (MATIC), que imprimia um crescimento diário de 6,5% ao ser negociado por volta de US$ 0,89. Em relação às altcoins que apresentavam alta de dois dígitos, o Celsius (CEL) era transacionado por US$ 1,47 (+26), o Decred (DCR) era cotado em US$ 32,85 (+18%), o Lido (LDO) era transacionado por US$ 2,20 (+12) e o Syscoin (SYS) estava cotado em US% 0,17 (+27), entre os projetos posicionados acima de US$ 40 milhões em capitalização de mercado.
Entre os destaques se encontrava o modesto UniLend (UFT), que era negociado em torno de US$ 0,36 e apresentava alta de 105%, percentual semelhante à alta diária da capitalização de mercado do projeto, cujo montante era de US$ 11 milhões. Em relação ao volume diário de negociações, o UFT foi responsável por movimentar pouco mais de US$ 69 milhões, com alta diária de 3.183% em transações.
Gráfico diário do par UFT/USD. Fonte: CoinMarketCap
O UnilLend é uma plataforma de empréstimo de finanças descentralizadas (DeFi) que aceita o staking de qualquer token ERC-20, sendo que o UFT é utilizado para a recompensa dos investidores de liquidez e para governança do protocolo, pelos detentores do token.
De acordo com o que é possível perceber pelo gráfico de desempenho do UFT, listado nas exchanges de criptomoedas Binance, MEXC, CoinTiger, Gate.io e Billance, o movimento começou após o anúncio de parceria do Unilend com a UpBots (UBXT), que se apresenta como uma plataforma de intermediação de negociação de criptomoedas em exchanges centralizadas (CEX), descentralizadas (DEX), soluções DeFi de farm de rendimento, negociações forex, entre outros serviços. Mas o projeto pode ser considerado de pequeno porte, uma vez que sua capitalização de mercado era de pouco mais de US$ 2,5 milhões, pelo que apresentava o mapeamento.
Join us in welcoming @UpBots to our ecosystem🎉
— UniLend Finance | We're Hiring! (@UniLend_Finance) August 31, 2022
🤝UniLend will empower UpBots #UBXT token with flagship lending & borrowing functionality after UniLend v2 OMNIS mainnet launch. pic.twitter.com/WPTu4qNGqM
Quem também se favorecer com anúncios que aparentemente animaram os investidores foi a criptomoeda de game blockchain que saltou 952% no mês, após listagem em exchanges e lançamento de NFTs, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.
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