A palataforma brasileira de crowdfunding SMU Investimentos anunciou na última quarta-feira (29) que obteve aprovação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para viabilizar o primeiro mercado secundário de ativos tokenizados de startups de crowdfunding, projeto que vai funcionar como uma espécie de exchange de tokesn de startups. A iniciativa conta com a parceria  do Demarest Advogados e das empresas NTokens e Digitra. 

A SMU já operava no âmbito do sandbox regulatório da CVM, porém a movimentação da plataforma era simulada, ou seja, sem movimentações envolvendo valores reais. Com a autorização da autarquia, o “Mercado de Startups SMU” deve listar cinco startups até maio.  

O CEO do Mercado de Startups SMU, Pedro Rodrigues, destacou que “a tokenização vem ganhando espaço no cenário econômico global por sua estrutura que favorece o aumento da liquidez para esse tipo de ativo.” 

“Entre suas vantagens está a possibilidade de fracionamento de ativos líquidos, possibilitando investimentos de valores mais baixos, democratizando a entrada de novos investidores, além de dar uma ‘segunda chance’ para as pessoas que não conseguiram participar das ofertas primárias das empresas que serão listadas”, argumentou.

A primeira startup listada na plataforma será a própria SMU Investimentos, que atua nos segmentos como infraestrutura de mercadoe gestão de ativos. Nesse caso, foram tokenizados R$ 5 milhões em ativos das captações públicas que aconteceram em 2021 e 2022. 

Outra listagem de token confirmada é a da startup de investimentos florestais Radix. Nesse caso, os tokens listados replicarão as capitações da empresda por meio do Kria, que é outra plataforma de investimentos em startups. 

Segundo a SMU, a perspectiva da plataforma  é listar uma nova startup a cada 15 dias. A empresa informou ainda que o escopo aprovado pela CVM para experimento contempla a listagem de até 10 startups, sendo seis de captação da SMU Investimentos e quatro advintas de outras plataformas que atuam no âmbito da instrução normativa CVM 88 (antiga 588). 

A CVM também está de olho nas plataformas de investimento, mas também nos investidores brasileiros. Entre novembro do ano passado e fevereiro desse ano, a autarquia colocou no ar um site de uma empresa fictícia de investimentos. A simulação revelou que 48% dos brasileiros poderiam cair em golpes financeiros, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

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