Os fundos brasileiros de criptomoedas mostraram resiliência no mês de março, mesmo diante da forte queda dos mercados globais e cripto. Apesar de fecharem o mês com perdas, tiveram desempenho melhor do que o do Bitcoin e do Ibovespa no mês.

Segundo matéria do Infomoney, os três fundos da Hashdex tiveram aumento de 45 cotistas no mês, com captação líquida de R$ 1,168 milhão, chegando a R$ 3 milhões com os fundos offshore.

No desempenho, o fundo Discovery da gestora, que tem exposição de 20% de criptomoedas, caiu apenas 2,38%, enquanto o Voyager, com exposição de até 100%, perdeu 17,65%. No mesmo período, o Bitcoin desabou 26,5% e o Ibovespa perdeu quase 30%.

Já na BLP, em março, o fundo BLP criptoativos ficou praticamente instável no número de cotistas, com todos os fundos da gestora terminando o trimestre no positivo. No trimestre, os fundos, um deles offshore, captaram R$ 2,5 milhões.

O fundo BLP Criptoativos, com exposição de 20%, teve queda de 3,74% em março, enquanto o BLP Crypto Assets, para investidores profissionais, recuou 20,52%. O pior desempenho foi do fundo offshore da gestora, que perdeu 31,65%.

Os fundos de criptomoedas disponíveis para o público geral possuem limite imposto pela Comissão de Valores Mobiliários, estipulado de 20% de exposição. O restante do investimento é feito em títulos de dívida pública. A matéria explica:

"Neste cenário de pânico dos mercados, este tipo de composição acabou criando uma proteção que evitou perdas maiores nos fundos com menor exposição às criptos. A tendência também foi de um desempenho superior em relação ao Bitcoin porque estes fundos fazem uma diversificação dentro do próprio mercado cripto, mitigando a pressão de um ativo dentro do portfólio."

Nos números do trimestre, o Bitcoin perdeu 12,2% do valor, enquanto o Ibovespa caiu 36,8%, desempenho oposto ao dos fundos de criptomoedas no mesmo período: O BLP Crypto Assets da BLP subiu 5,31%, o BLP Criptoativos ganhou 5,31%, o Hashdex Discovery subiu 5,57% e o Voyager 15,96%.

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