Se há um setor da indústria de criptomoedas que tem algo a celebrar apesar do massacre que retirou mais de US$ 600 milhões do mercado desde o começo do ano é o de tokens não fungíveis (NFTs).

A Wax, uma plataforma blockchain focada em games e NFTs, registrou um crescimento expressivo ao longo do ano passado e agora vai celebrar a marca com o maior airdrop de NFTs da história da indústria. Recentemente, a Wax ultrapassou os 10 milhões de endereços criados na plataforma. No começo de 2020, eram apenas 500 mil. Em um ano, o número de endereços da rede cresceu mais de 20 vezes.

Além disso, em 18 de janeiro, o protocolo atingiu a marca de mais de 19 milhões de transações diárias, de acordo com dados do Dapp Radar. Este número coloca a Wax muito à frente da segunda colocada - a Hive, cujo número de transações diárias é de US$ 2,5 milhões.

Para celebrar estas marcas serão automaticamente distribuídos 10 milhões de NFTs para cada uma das primeiras 10 milhões de carteiras registradas na blockchain da Wax.

A coleção terá como tema a história do protocolo, destacando os 10 momentos mais marcantes da rede até aqui. Entre eles, o lançamento oficial da plataformas em 2019, a certificação de neutralidade na emissão de carbono e a recente parceria com a rede de salas de exibição de cinema AMC e a Sony Pictures para o lançamento de NFTs do novo filme da franquia  Homem Aranha: "Sem Volta para Casa".

Além de um agradecimento aos usuários que contribuíram para o crescimento da WAX, os colecionáveis comemorativos são uma forma de reafirmar a eficiência e a escalabilidade da rede, atraindo mais usuários e novas parcerias com marcas e empresas, conforme afirmou o CEO e fundador do protocolo, William Quigley, ao Decrypt:

"A maioria das pessoas que são familiarizada com NFTs entende que os NFTs [na rede] Ethereum são lentos e muito caros para mintar. E então pensamos: Bem, ninguém nunca tentou fazer 10 milhões de NFTs. Nós mesmos fizemos talvez 2,5 milhões com os cards de beisebol da Topps MLB, e mesmo isso superou em muito qualquer coisa que qualquer outra rede havia feito." 

Segundo Quigley nenhuma outra rede, hoje, teria capacidade de realizar um lançamento. de tal magnitude A Wax abriga diversos jogos play-to-earn, incluindo alguns dos mais populares em número de usuários ativos diários, como Alien Worlds (TLM) e Splineterlands (SPS), e não registra problemas de congestionamento e altas taxas, ao contrário das redes líderes do mercado de contratos inteligentes Ethereum (ETH) e Solana (SOL).

A empresa também se beneficiou do passado de Quigley como CFO da divisão de licenciamento da Disney para estabelecer relações com marcas como Reebok, Mattel e Atari. Inclusive, a empresa está trabalhando em projetos de lançamento de NFTs que dão direito ao resgate de itens físicos, intitulados vIRL - um acrônimo para Virtual in Real Life (Virtual na Vida Real).

Sobre o futuro da indústria de games, Quigley acredita que o modelo play-to-earn talvez não seja o mais adequado e interessante para os grandes estúdios. São os desenvolvedores independentes que vão impulsionar a evolução dos jogos em blockchain a novos estágios:

"Os desenvolvedores de jogos independentes que adotam essa tecnologia vão começar a desenvolver jogos que vão do primitivo - eles são quase como a mecânica DeFi em oposição aos jogos - a videogames completos. É mais trabalhar-para-ganhar agora - e não tanto um jogo em si. Mas logo vamos começar a jogar para ganhar de fato."

Conforme noticiou o Cointelegraph Brasil recentemente, ainda há muita resistência não apenas dos estúdios de games, mas dos próprios jogadores, à integração de NFTs a jogos tradicionais. As justificativas vão desde o impacto ambiental dos tokens não fungíveis até a acusção de que os NFTs ajudariam a reproduzir a desigualdade social no ambiente dos games.

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