O mercado de criptomoedas avançava a um market cap de US$ 3,36 trilhões (+2,7%) na manhã desta segunda-feira (12). Na ocasião, o Bitcoin (BTC) era trocado de mãos em torno de US$ 104,3 mil (-0,1%) com acumulado semanal de 10,7%, dominância recuada a 61,6%, sentimento de ganância dos investidores (73%) e a maioria das altcoins em alta, com acumulado semanal de até 585%.

Os dados retornados pelas plataformas apontavam entrada de capital líquido para o mercado de criptomoedas e menor utilização do BTC como hedge. O que ocorria na esteira do anúncio de um acordo comercial entre Estados Unidos e China na madrugada dessa segunda em Genebra, na Suíça. A tratativa pausou por 90 dias a guerra de tarifas alfandegárias entre as duas maiores economias globais, iniciada pelo presidente Donald Trump.

“Ambos os países representaram muito bem seus interesses nacionais. Temos um interesse comum em um comércio equilibrado, e os EUA continuarão caminhando nessa direção", disse o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent. 

Pelo acordo, os EUA reduziram de 145% para 30% a cobrança de tarifas por importações de produtos da China, que, por sua vez, diminuiu de 125% para 10% a cobrança tarifária de produtos dos EUA.

"O consenso das delegações neste fim de semana é de que nenhum dos lados deseja um desacoplamento", afirmou Bessent. "E o que havia ocorrido com essas tarifas altíssimas era o equivalente a um embargo e nenhum dos lados quer isso. Queremos o comércio", completou  Bessent.

Na esteira do otimismo, o pré-mercado de índices das principais bolsas estadunidenses apontavam alta, na contramão do encerramento da última sexta-feira (9), quando o S&P 500 e o Nasdaq se lateralizaram ao encerrarem em respectivos 5.659,91 (-0,071%) e 17.928,92 pontos (+0,0043%).

O otimismo podia ser mensurado pela retração a 19,96 pontos (-11,2%) do Volatility Index (VIX), calculado pela Bolsa de Valores de Chicago (CBOE) a partir do desempenho das empresas de capital aberto que compõem o S&P 500, conhecido como índice do medo. Já os fundos negociados em bolsa (ETFs) baseados em Bitcoin e de Ethereum (ETH) registraram respectivos volumes de entradas líquidas de US$ 321,46 milhões e US$ 17,61 milhões na última sexta, segundo dados da plataforma SoSoValue. 

Em sinal de movimento de entrada nos tokens pela realização de ganhos obtidos com o BTC, o índice altseason, que mede o nível de rotação de capital para os principais tokens em capitalização de mercado, encontrava-se avançado a 35 pontos. Nesse caso, o DEXE recuava a US$ 13,18 (-6%), a stablecoin lastreada no ouro PAXG se retraía a US$ 3.231,86 (-3%), o FLR valia US$ 0,019 (-1,3%), o BONK avançava a US$ 0,000024 (+9%), o WAL era convertido em US$ 0,67 (+7,9%), o SHIB chegava a US$ 0,000017 (+7,6%), o INJ representava US$ 13,79 (+6,8%) e o DOGE se nivelava por US$ 0,24 (+6,6%).

Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o PI era transacionado por US$ 1,56 (+48,3%) com acumulado semanal de 164%, o WIF atingia US$ 1,21 (+35,4%) com acumulado de 134% nesse período, o KAS chegava a US$ 0,12 (+19,2%), o MOODENG ara trocado de mãos por US$ 0,26 (+64,2%) com ascensão de 585% em sete dias, o TOSHI se convertia em US$ 0,00084 (+35,1%), o GOAT valia US$ 0,21 (+33,5%) com acumulado semanal de 200%, o INIT representava US$ 1,28 (+17,1%), o FWOG representava US$ 0,10 (+46,9%), o ACT era negociado por US$ 0,087 (+42,7%) e o FIDA estava cotado a US$ 0,10 (+38,7%).

Entre as novas listagens estavam SXT na Bitrue, UFD na Huobi, OG na Binance Futuros, RATO na BitMart e Poloniex, TITCOIN na LBank, MAI na Bitget, GOAT3L e GOAT3S na Gate.io, BSAI e SBBTC na Biconomy.

Na semana anterior, as criptomoedas em alta de até 182% e o Bitcoin a US$ 103 mil liquidaram traders alavancados em mais de US$ 1,1 bilhão, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.