Entre os destaques do mercado cripto nesta semana está o lançamento da criptomoeda Tari, após sete anos de desenvolvimento, atraiu mais de 12 mil nodes e milhares de mineradores em menos de quatro dias, enquanto a carteira MiniPay, da Opera, tornou-se um aplicativo independente para iOS e Android, oferecendo pagamentos com stablecoins de forma simples e acessível em mais de 50 países.
Além disso, a Bitso anunciou o Hackathon MXNB, competição global que busca desenvolver soluções financeiras inovadoras utilizando a stablecoin MXNB, atrelada ao peso mexicano.
Outro movimento foi o lançamento da testnet final da Tanssi, plataforma que promete revolucionar a criação de blockchains dedicadas, reduzindo o tempo de implantação de meses para minutos.
Bitso lança Hackathon MXNB
A Juno, empresa da Bitso, em parceria com Bitso Business, Arbitrum, QED Investors e Portal, lançou o Hackathon MXNB, uma maratona global online para criar soluções financeiras inovadoras.
A iniciativa busca explorar o potencial da MXNB, uma das principais stablecoins atreladas ao peso mexicano, diante de um mercado que já movimenta trilhões de dólares anualmente.
Durante quatro semanas, desenvolvedores do mundo todo poderão criar projetos em três categorias: otimização de pagamentos com MXNB, construção de plataformas DeFi e exploração livre com Arbitrum.
Os vencedores receberão prêmios de até US$ 7 mil, além de mentorias e acesso à Stablecoin Conference. A Arbitrum também oferecerá gás gratuito por um ano aos premiados.
Ben Reid, Head de Stablecoins da Bitso Business, destacou o potencial da América Latina nesse mercado e a importância do hackathon como catalisador para soluções acessíveis e inclusivas.
As inscrições estão abertas no site oficial da Bitso Business, com o evento ocorrendo entre 17 de junho e 14 de julho, em formato totalmente online.
Tanssi lança testnet final
A Tanssi, protocolo de infraestrutura para blockchains, anunciou o lançamento de sua testnet final antes do mainnet, previsto para junho de 2025. A tecnologia reduz de meses para minutos o tempo necessário para lançar uma blockchain dedicada, tornando-se referência para projetos de ativos do mundo real (RWA) e DeFi, especialmente na América Latina.
A testnet inclui contratos de middleware na Sepolia, uma ponte de confiança mínima entre Ethereum e Tanssi, além de uma infraestrutura completa para validação, indexação e execução soberana.
O CEO Thiago Rudiger destacou que a solução supera as limitações de plataformas tradicionais de RaaS, oferecendo personalização e segurança com infraestrutura automatizada.
Startup brasileira transforma moeda de game
A startup brasileira Mannah, especializada em blockchain, firmou parceria com o game mobile World League Live! Soccer (WLL) para criar uma stablecoin pareada ao dólar. A moeda servirá para compra de gems, itens e NFTs no jogo, com possibilidade de conversão em outras moedas.
Segundo Pedro Xavier, CEO da Mannah, o sistema permitirá que jogadores conectem suas carteiras, transfiram ativos digitais e convertam seus ganhos. O objetivo é criar uma economia própria e descentralizada, onde o tempo e a habilidade do jogador se tornam monetizáveis fora do game.
A stablecoin poderá ser adquirida via Pix, USDT, Bitcoin ou Ethereum. Com Alessandro Del Piero como garoto-propaganda, o app já ultrapassa 600 mil jogadores, crescendo na Itália e no Brasil. O modelo é impulsionado pela tecnologia web3, que garante a posse real dos ativos pelos usuários.
Tari é lançada após 7 anos de desenvolvimento
Após sete anos de desenvolvimento, a criptomoeda Tari foi lançada no dia 6 de maio, destacando-se pela proposta de combinar privacidade, usabilidade e escalabilidade. O projeto foi escrito do zero em Rust, linguagem escolhida pela sua segurança, embora tenha dificultado a formação da equipe. Além disso, a Tari adota tecnologias como Mimblewimble para garantir transações confidenciais e TOR para proteger a identidade dos usuários.
A Tari também utiliza emojis como identificadores de usuário através do Emoji ID, facilitando a interação mesmo com o uso de tecnologias avançadas. O projeto recebeu apoio de fundos como Pantera Capital e Slow Ventures, que juntos ficarão com apenas 12% do fornecimento total. Além disso, criou a Tari University para educar o público sobre criptografia e privacidade.
Em menos de quatro dias, a rede já conta com mais de 12 mil full nodes e milhares de mineradores. A Tari permite mineração conjunta com Monero, tornando-se acessível até para iniciantes, com suporte para Windows, Mac e Linux. Por enquanto, a rede está em fase inicial, com mineração ativa, mas sem transações entre carteiras, e ainda não está listada em corretoras — a única forma de obter Tari é minerando.
Tokenização imobiliária
A incorporadora BE iniciou a tokenização de uma de suas principais lojas no KAÁ Square, em Maringá, em parceria com a NetSpaces. A iniciativa visa democratizar o investimento imobiliário, permitindo que interessados adquiram frações do imóvel.
Segundo Evandro Rodrigues, CEO da BE, a tokenização reduz burocracias e acelera processos. “Logo será comum transferir um imóvel na velocidade de um Pix”, afirmou. A loja possui quase 800 metros quadrados e está localizada no térreo do BE Garden, um dos prédios mais inovadores da cidade.
Arena “Artistas do Futuro”
O evento TokenNation, sucessor do NFT Brasil, acontecerá nos dias 4 e 5 de junho no Pavilhão da Bienal de São Paulo. A grande novidade é a Arena Artistas do Futuro, criada em parceria com a BlinkPlanet, plataforma global que conecta criadores ao universo da tokenização.
O espaço será aberto e gratuito, promovendo aprendizado prático sobre como transformar arte em ativos digitais. Participantes poderão criar obras sobre o tema “Arte Urbana” e integrar uma coleção oficial de NFTs, cujas vendas beneficiarão diretamente os artistas.
As melhores criações receberão prêmios de até R$ 3.500 e vaga no desafio internacional GoldenSock, que distribui cerca de US$ 365 mil em premiações. A BlinkPlanet também apresentará a coleção Gênesis, com NFTs exclusivos que oferecem vantagens permanentes aos seus detentores.
MiniPay se torna aplicativo independente
A MiniPay, carteira não custodial de stablecoins baseada na blockchain Celo, está agora disponível como aplicativo independente para iOS e Android, após um ano de operação integrada ao navegador Opera Mini.
A plataforma, que já contabiliza mais de 7 milhões de carteiras ativas em mais de 50 países, oferece uma experiência de pagamento digital intuitiva, com transferências instantâneas e taxas inferiores a um centavo.
Para Jørgen Arnsen, VP Executivo da Opera, tornar a MiniPay um app independente é um passo essencial para expandir o acesso ao sistema financeiro global dolarizado.
A plataforma é ideal para freelancers, trabalhadores remotos e comunidades sem acesso bancário, além de ter recebido o prêmio de Melhor App Web3 no Africa Tech Summit. O app já está disponível para download e promete transformar o futuro das finanças digitais.