O CEO da gigante de consultoria financeira DeVere Group disse que uma regulação positiva para as criptomoedas deve ser parte central do Reino Unido pós-Brexit. Nigel Green fez esses comentários em uma entrevista à agência de notícias de fintech Verdict em 9 de julho.

A DeVere, que tem cerca de US$ 10 bilhões em ativos sob consultoria, está preocupada que o Reino Unido acabe em recessão no caso de um Brexit sem acordo, que os políticos prometeram que poderia acontecer em outubro.

"O crescente mercado de criptomoedas já proveu benefícios econômicos tangíveis para outras grandes economias", disse Green.

"A Grã-Bretanha pós-Brexit estará em uma posição única para ir ainda mais longe e, ao adotá-lo, poderá reiniciar o setor de serviços financeiros do Reino Unido".

Como o Cointelegraph relatou, o Reino Unido até agora não conseguiu criar um roteiro regulatório abrangente para a criptomoeda, favorecendo, ao contrário, uma abordagem de baixa que incluiu até idéias como a proibição de derivados cripto.

Entretanto, a incerteza não conseguiu acalmar o entusiasmo dos negócios, com uma empresa sediada em Londres lançando o primeiro título Bitcoin apenas neste mês.

Ao mesmo tempo, os dados revelam que os consumidores locais estão cada vez mais adotando o Bitcoin (BTC) e outros tokens, dada a ausência do tipo de situação legal de patchwork, em vigor nos EUA.

Para Green, uma saída da União Europeia também ajudaria Londres a preservar seu status de polo financeiro, livrando-a da burocracia e deixando os legisladores livres para adotar uma abordagem pró-cripto semelhante a da Suíça e do Japão.

“Criptomoedas - que são digitais, globais e sem fronteiras - são inquestionavelmente o futuro do dinheiro. Isso é percebido pela crescente quantidade de investimentos institucionais e de varejo no setor em expansão”, continuou ele.

"Enquanto outras jurisdições concentram-se no momento, o Reino Unido deve voltar suas atenções para o futuro para estar à frente do jogo."

De fato, o Bitcoin parecia lucrar com a incerteza do Brexit no início deste ano, ganhando terreno à medida que mensagens confusas começaram a sair de Westminster.