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Picanha na blockchain: CPQD firma parceria para rastrear carnes no Brasil usando tecnologia do Bitcoin

Produção de carne bovina será rastreada usando blockchain por meio de parceria do CPQD com outras duas entidades nacionais

Picanha na blockchain: CPQD firma parceria para rastrear carnes no Brasil usando tecnologia do Bitcoin
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O CPQD, um dos principais centros de tecnologia do Brasil anunciou uma parceria com a startup Safe Trace e com o apoio da EMBRAPII (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), para o lançamento do Agro Trace Chain, uma plataforma em blockchain voltada para o agronegócio e baseada no Hyperledger Fabric.

O objetivo segundo os organizadores do projeto é integrar os diversos atores da cadeia de produção da agroindústria, de forma simples, flexível com confiabilidade e segurança. O primeiro MVP do projeto envolve o desenvolvimento de uma solução inovadora para rastreamento de carne bovina.

“A intenção agora é ganhar escala, ampliar as aplicações e atender a novos requisitos dos clientes, como a conformidade socioambiental das propriedades e a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais ), por exemplo”, afirma Vasco Picchi, diretor de Novos Negócios da Safe Trace. 

Segundo as empresas que integram o projeto , no sistema cada animal ganhará uma identidade digital que será registrada em blockchain, por essa identidade  as informações sobre o animal, bem como sobre formação de lotes de produção, movimentações, dados sanitários, de qualidade e transformação em produtos, são trocadas entre os diversos atores dessa cadeia - o que envolve desde a fase de produção na fazenda, o processamento na indústria (quando ocorre a identificação de cada uma das partes do boi) até a disponibilidade da carne no varejo.

"Com isso, cria-se uma trilha de auditoria, confiável e segura, da procedência do animal",

Durante a fase de testes do MVP, o sistema foi utilizado em transações restritas, ponto a ponto e com produtos específicos, realizadas entre os frigoríficos e o varejo. Picchi conta que a rede Carrefour, por exemplo, vem usando o sistema desde março para fazer a rastreabilidade de carne suína. Fernando Marino, líder técnico em Blockchain do CPQD, afirma que essa fase foi importante para mostrar a viabilidade da solução e, principalmente, os ganhos reais que ela pode trazer quando adotada pela cadeia produtiva. 

Além disso, o objetivo é integrar os demais atores da cadeia produtiva da carne bovina a essa rede blockchain - que está sendo criada pelo CPQD a partir da plataforma de desenvolvimento Hyperledger Fabric.

“Essa rede permitirá enxergar toda a cadeia produtiva da carne, que começa na propriedade rural e passa pelos frigoríficos, centros de distribuição até chegar ao varejo. Dessa forma, poderemos garantir mais transparência para o consumidor, não só em relação à qualidade do produto que está comprando como também no que diz respeito a questões socioambientais”, conclui Vasco Picchi.

Como noticiou o Cointelegraph, o governo sul-coreano usará a tecnologia blockchain para rastrear a carne bovina e fornecer aos consumidores informações da cadeia de fornecimento de alimentos, informou a Yonhap News Agency, a maior agência de notícias da Coréia do Sul, no dia 20 de novembro.

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