O mar de Salvador (BA) parece ter servido de inspiração para o colombiano Franco Jamarillo em sua empreitada que já dura uma década à frente das operações brasileiras da gigante do agronegócio Cibra, que tem na capital baiana, próximo ao polo de Camaçari, a principal unidade das 13 fábricas da empresa que é controlada pela estadunidense Ominex e a britânica Anglo American, presente há 30 anos no Brasil. 

Jamarillo e seu time administrativo, cuja atuação é 100% digital, têm as criptomoedas como uma das principais aliadas para ajudarem a Cibra a faturar R$ 10 bilhões em fertilizantes este ano, quase 30% acima dos R$ 7,8 bilhões registrados em 2022. Mais precisamente o CibraCoin, lançado em abril do ano passado pela gigante dos fertilizantes, token lastreado em quilos da commodity.

À Forbes, o executivo afirmou estar surpreso com a aceitação do token, disponibilizado na plataforma da exchange brasileira Foxbit. Segundo ele, a migração dos produtores rurais para o modelo tokenizado é um processo de educação, já que muitos deles ainda não tiveram contato com a tecnologia blockchain. 

Ele disse ainda que um dos principais desafios junto a produtores e investidores é a disseminação da ideia de que os tokens não trazem novos risco, mas sim o contrário, eles representam uma “ferramenta para a produção agrícola”, uma forma de comprar fertilizantes, além da possibilidade de investimento.

Ao explicar que 1 quilo de fertilizante equivale a 1 Cibracoin, Jamarillo destacou que o token serve como proteção (hedge) à variação de preços da commodity no mercado porque permite ao produtor pagar a Cibra utilizando o Cibracoin no momento em que achar oportuno, já que o token é uma stablecoin lastreada no preço do fertilizante. 

O colombiano também destacou que o modelo digital impactou a rotina da empresa, que passou a adotar o modelo home office, o que permitiu a distribuição dos funcionários das 13 unidades, morando em 100 cidades diferentes. O que representa um total de 500 dos 1000 funcionários da empresa. 

Em outro caso de uso da blockchain, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) optou pela utilização tecnologia no rastreamento da produção de açúcar mascavo, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil

LEIA MAIS:

Siga o Cointelegraph Brasil para acompanhar as notícias em tempo real: estamos no X, no Telegram, no Facebook, no Instagram e no YouTube, com análises, especialistas, entrevistas e notícias de última hora do mercado de cripto e blockchain no Brasil e na América Latina.