O Banco Central do Brasil firmou um acordo de cooperação técnica com o Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal, (SINDITELEBRASIL), para que todas as operadoras do país possam aceitar o Pix como meio de pagamento para recarga de celular entre outras funções de pagamento.

Desta forma, as principais operadoras de telefonia do Brasil, como Vivo, Tim, Claro e Oi poderão permitir a seus clientes usar o Pix como método de pagamento para serviços prestados pelas teles.

"viabilizar condições, suporte e esclarecimentos necessários, por meio de atuação cooperativa entre as duas instituições, para a implementação independente e voluntária do Pix, arranjo de pagamentos instituído pelo BCB que disciplina a prestação de serviços de pagamento relacionados a transações de pagamentos instantâneos e a própria transação de pagamento instantâneo no âmbito do arranjo, como alternativa de pagamento das faturas de qualquer serviço de telecomunicações de interesse coletivo ou restrito e o desenvolvimento de soluções que permitam a recarga de serviços pré-pagos móveis e fixos por meio do Pix, em todas as empresas representadas pelo Sindicato", destaca o extrato do contrato da parceria.

Vivo

Ainda não há detalhes de como a parceria permitirá as operadoras aceitarem o Pix, contudo, a Vivo já se adiantou ao processo e desde o ano passado já possui uma integração com o Pix.

Quando passou a aceitar o Pix a Vivo destacou que o objetivo da empresa era oferecer opções para que os clientes da modalidade pré-paga consigam fazer suas recargas de créditos da forma que preferirem.

Além disso, segundo a empresa, a nova possibilidade vem facilitando, principalmente, a vida daquelas pessoas que não possuem cartão de crédito.

A empresa ressalta também que ao usar um Pix para pagamento nas recargas pré-pagas da operadora receberá 10 GB de bônus na primeira recarga feita através do app Meu Vivo, ou pelo site.

CBDC

A integração com o Pix também abre espaço para, no futuro, as operadoras de telefonia aceitaram uma possível moeda digital emitida pelo Banco Central (CBDC) como forma de pagamento.

O projeto de criação de um "Real Digital" está em andamento no BC e deve ser implementado, junto ao Pix, em 2022.

"O projeto de um CBDC para o Brasil combina com várias iniciativas, uma é de aperfeiçoamento do câmbio, outra é do Pix, para ter a experiência de pagamentos instantâneos e de criação de novos modelos de negócios. O Open Banking vai poder usar toda a informação do cliente na busca do desenvolvimento de novos produtos financeiros e custos mais baratos, ou seja, o cliente vai usar a informação para o seu benefício e nessa esteira de inovação nós já iniciamos o estudo para emissão de uma moeda digital",  declarou o presidente do BC, Roberto Campos Neto.

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