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Rafael FerreiraRafael Ferreira

Fundador da Tezos, Arthur Breitman e professor da Cornell University explicam as vantagens do sistema "Proof of Stake"

Os defensores do sistema de consenso Proof of Stake explicaram as vantagens em relação ao tradicional sistema Proof of Work.

Fundador da Tezos, Arthur Breitman e professor da Cornell University explicam as vantagens do sistema "Proof of Stake"
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O fundador da Tezos - Arthur Breitman - e o professor da Universidade Cornell - Emin Gün Sirer - falaram recentemente sobre por que os sistemas de Proof of Stake (PoS) possuem vantagens em relação aos sistemas de consenso Proof of Work (PoW). 

O sistema Proof of Work foi inventado em 2009 é o primeiro sistema de consenso criado para fundamentar uma criptomoeda e é utilizado por moedas como BitcoinLitecoin.

Uma das características mais importantes de cada projeto de criptomoeda é o sistema de consenso utilizado. Para alguns, os sistemas de prova de trabalho (PoW) que utilizam "mineradores" para confirmar transações na rede provaram ser os mais confiáveis. No entanto, o setor permanece dividido sobre a questão.

Arthur Breitman comparou os dois sistemas em um tweet recente, argumentando que as taxas de transação que vão para os mineradores não reduzem a inflação e que esses mineradores não possuem qualquer compromisso com a indústria. Por outro lado, quando as taxas vão para os participantes em um sistema PoS, a inflação real é efetivamente reduzida. Ele diz:

"Uma diferença importante entre PoW e PoS é que, no primeiro, as taxas de transação são acumuladas no poder de hash da rede, sem redução correspondente da inflação, enquanto no segundo são adicionadas às partes interessadas, o que efetivamente reduz a inflação real."

Acompanhando a declaração de Breitman, o professor Emin Gün Sirer da Cornell University, também refletiu sobre a questão. Na sua opinião, o que torna o PoS superior é que ele “mantém o valor dentro do sistema”. Os sistemas PoW, por outro lado, transferem esse mesmo valor para os mineradores e aqueles que controlam o poder de mineração.

Ainda assim, é preciso ressaltar que isso é verdade até certo ponto. O Bitcoin tem um limite definido de moedas que ele pode ter em circulação. O Ethereum, que aspira um dia ser um sistema de prova de participação (PoS), não tem nenhum limite e poderia virtualmente continuar a criar ETH indefinidamente. Ainda é difícil avaliar como isso afetará a economia interna de cada rede, uma vez que que o sistema PoS do Ethereum ainda não saiu do papel.

A migração do Ethereum para o sistema Proof of Stake é um dos passos para se criar o Ethereum 2.0. Conforme publicado pelo Cointelegraph, a fase de transição da rede deve ocorrer em 3 de janeiro de 2020.