Com a expansão das possibilidades do mercado de criptomoedas e a adesão de novos participantes no mercado, as empresas de criptoativos do Brasil estão buscando ampliar seu escopo de atuação para abraçar as novas possibilidades e produtos de negócio oferecidos pela tecnologia blockchain.

Nesta linha, segundo informações compartilhadas com o Cointelegraph, uma das principais exchanges de criptomoedas do Brasil está negociando uma parceria com a startup A de Agro com a finalidade de unir o mundo dos criptoativos com o setor da agricultura 4.0.

Ainda segundo a fonte as conversas estão avançadas e um dos produtos de ligação entre as empresas pode ser a emissão de um token que será usado para incentivar e promover ações no setor do agronegócio.

Desta forma agricultores teriam sua produção comprada e vendida usando a criptomoeda que também poderia ser usada para empréstimos, entre outras aplicações. O token, ainda segundo fontes, seria atrelado ao valor da cotação da safra da produção, eliminando assim possíveis riscos de volatilidade do mercado das criptomoedas.

A operação ainda deve envolver outros atores como Bancos tradicionais, cooperativas de créditos entre outros atores.

Agricultura 4.0

De fato, recentemente a A de Agro, que atua no mercado desde 2015, fechou uma parceria com o BTG Pactual, banco que tem ampliado sua atuação no mercado de criptomoedas e está cada vez mais próximo da exchange Mercado Bitcoin.

“Nascemos para levar crédito ao campo, conectando vários players do mercado financeiro ao produtor. Vamos diminuir a burocracia do financiamento e melhorar a precificação”, disse o CEO da A de Agro, Rafael Coelho.

A A de Agro destacou que possui uma pontuação de crédito baseada em oito fatores: escala da área, produtividade relativa, homogeneidade da lavoura, balanço de área dos últimos anos, relevância da cultura na região, experiência do produtor, clima e receita potencial estimada.

Além disso, a companhia também promete monitorar as áreas tomadoras de crédito, com o objetivo de mitigar os riscos durante o plantio da safra e “não ter surpresas”.

“O financiador sabe antes o que o mercado demora alguns dias para tomar conhecimento”, disse Coelho.

Além do apoio do BTG Pactual, a A de Agro também carrega o histórico da empresa de tecnologia do agronegócio Agronow, que fornece serviços de monitoramento de safras. Na nova companhia, a agtech vai se tornar a “A de Agro Labs”, mantendo sua análise de propriedades rurais e de culturas como cana-de-açúcar, milho e soja

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