A Polícia Rodoviária Federal prendeu um suspeito na madrugada desta sexta-feira (29), em Seropédica/RJ, na BR 116, na altura do km 210.
A PRF fazia policiamento na região quando abordou um veículo que tinha mercadorias sem nota fiscal. Entre elas, segundo a polícia, 25 equipamentos para mineração de criptomoedas, conhecidos como Antminer, para validação de transações envolvendo criptoativos.
Segundo o suspeito, os equipamentos tinham sido comprados em Ciudad Del Este no Paraguai por R$ 8493,00 cada uma, totalizando um valor de R$ 212.325,00 pela mercadoria transportada.
A PRF informou apenas que o veículo, o condutor (que deverá responder pelo crime de descaminho), e a mercadoria foram encaminhados para Polícia Federal para medidas legais cabíveis.
A busca por equipamentos de mineração no Paraguai tem sido comum. O Cointelegraph publicou que a Receita Federal do Brasil tem intensificado as operações para combater o contrabando na fronteira com o Paraguai nas últimas semanas através da Operação Escudo.
Na ápoca, em julho, a Receita apreendeu R$ 10 milhões em mercadorias, impedindo a entrada ilegal dos produtos no Brasil, incluindo equipamentos apreendidos de mineração de criptomoedas.
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Os oficiais interceptaram um casal de Caxias do Sul (RS) que viajava em um Jeep Renegade (o mesmo modelo do veículo da operação desta sexta-feira (29)) com quatro mineradoras de criptomoedas.
Os dois disseram que transportavam "computadores para manutenção", mas se contradisseram durante o interrogatório. Cada mineradora é avaliada em R$ 12 mil.
O Paraguai muitas vezes é apontado pelos mineradores como um "paraíso da mineração", atraindo inclusive atenção das autoridades dos dois países.
Em junho, o deputado paraguaio Carlitos Rajala deu declarações a favor da mineração de criptomoedas a partir da hidrelétrica binacional de Itaipú, a maior da América Latina.
A alta na conta de energia no Brasil também tem levado mineradores a buscarem o vizinho Paraguai.
Com a maior crise hídrica em 90 anos e com as fornecedoras de energia atuando sob a bandeira vermelha especial, a mineração de Bitcoin no Brasil hoje é "impraticável", como já noticiou o Cointelegraph Brasil.
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