A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) registrou a patente de um firmware que representa um coletor de moedas metálicas. Segundo o registro, a máquina é capaz de recolher o troco e transformá-lo em recompensas em criptomoedas.

O registro da patente é resultado de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do estudante Matheus Francisco Batista Machado. Com a temática “Coletor de Moedas Metálicas com Compensação em Criptomoedas”, a pesquisa do estudante foi transformada em um registro de patente pela UFSC.

Chamada de “Quiosque Inteligente”, o dispositivo possui um monitor LCD que direciona as atividades relacionadas a recolha de moedas pela máquina. Através de um firmware desenvolvido pelo estudante, a máquina transforma as moedas recolhidas em criptomoedas, precisamente em unidades de IOTA.

Máquina de recompensa em criptomoedas

O trabalho desenvolvido pelo estudante consiste em um equipamento capaz de recolher dinheiro em forma de moedas que são transformadas em criptomoedas. Dessa forma, o dispositivo converte o saldo em altcoins IOTA, segundo descrição da pesquisa.

O quiosque inteligente teve um pedido de patente registrado pela UFSC nesta terça-feira (18). Utilizando a tecnologia blockchain, um programa de recompensas baseado em criptomoedas foi desenvolvido pelo aluno, na pesquisa que originou o registro de patente do firmware.

“O trabalho propõe um modelo de quiosque inteligente capaz de coletar moedas metálicas por criptomoedas. Isso é possível devido o uso de uma interface de interação e um hardware utilizando um Raspberry PI 3 e um display LCD touch 3.5 polegadas.”

Dessa forma, a máquina pode ser desenvolvida pela UFSC em busca de mitigar o problema de circulação de moedas no Brasil. De acordo com a pesquisa sobre o quiosque inteligente, em 2015 cerca de 32% das moedas metálicas do real brasileiro estavam fora de circulação.

“De acordo com a Federação Brasileira de Bancos, o Banco Central Brasileiro emitiu uma nota informando que 32% das moedas emitidas em 2015 estavam fora de circulação, devido a retenção das moedas.”


Modelo Quiosque Inteligente (Reprodução/UFSC)

UFSC registra patente

A patente do “quiosque inteligente” foi registrada pela UFSC através de publicação na Revista de Propriedade Intelectual (RPI). Segundo o registro, o firmware que oferece recompensas em criptomoedas foi desenvolvido em abril de 2019 na universidade brasileira.

De acordo com o TCC sobre a máquina desenvolvida, a IOTA foi a criptomoeda escolhida pelo estudante por apresentar taxa zero para realizar micropagamentos. Sendo assim, o envio do saldo convertido em criptomoedas poderá ser concluído pelo “quiosque inteligente” sem gerar custos de transação.

“A IOTA foi a moeda de troca escolhida. Devido a alta escalabidade e a realização de microtransações sem cobranças de taxas.”

As moedas metálicas depositadas no “quiosque inteligente” são transformadas em saldo em IOTA, que posteriormente é enviado para um endereço de carteira digital informado pelo usuário logo após o cadastro no dispositivo.

Além de receber as criptomoedas pela troca do saldo, o usuário pode escolher enviar as unidades de IOTA para uma doação. Sendo assim, a máquina disponibilizará o valor para uma instituição previamente cadastrada no sistema.

O “quiosque inteligente” pode proporcionar a troca de moedas metálicas por criptomoedas de forma rápida e segura. Por outro lado, o dispositivo registrado pela UFSC poderá ajudar ainda a manter a circulação de dinheiro no Brasil através de moedas.

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