A bolsa de valores do Brasil, B3, começa o mês de abril com diversas novidades, entre elas, as negociações de dois novos ETFs relacionados ao mercado de criptomoedas, sendo um vinculado a NFTs e outro a empresas e companhias com foco na Web 3.0.

O ETF de NFTs foi criado pela Investo e estreou na B3 com o ticker NFTS11. O produto investirá nas principais criptomoedas do setor de mídia e entretenimento localizadas nas principais plataformas do Metaverso, onde as NFTs são criadas e negociadas.

"O NFTS11 possibilita - facilitar o investimento em ativos dos mundos virtuais, aproximando os investidores de um mundo com alto potencial", afirma Cauê Mançanares, CEO da Investo. 

O NFTS11, por sua vez, é um ETF composto por criptomoedas que compõem o índice de mercado de criptomoedas do Metaverso, o MVIS CryptoCompare Media & Entertainment Leaders, administrado pela MV Index Solutions (MVIS).

Entre as principais criptomoedas listadas no índice estão a Decentraland, The Sandbox, Axie Infinity Shards, Gala, Basic Attention Token, Chiliz e Enjin Coin.

“O MVIS CryptoCompare Media & Entertainment Leaders Index é um elemento-chave para a avaliação comparativa das carteiras de ativos digitais por categoria, neste caso, capturando o universo das moedas utilizadas para recompensar os utilizadores de conteúdos, jogos e redes sociais”, explica Steven Schoenfeld, CEO da MV Index Solutions.

No NFTS11 há uma única taxa de administração cobrada que é de 0,75% ao ano, e o valor de aquisição deste produto é de R$ 100/cota.

“Estamos muito satisfeitos em trazer este novo fundo para o mercado brasileiro em parceria com a Investo, fornecendo soluções atrativas para os investidores que procuram formas de aumentar os mercados investidos e acrescentar exposições direcionadas e diferenciadas ao universo dos activos digitais”, afirma Jan van Eck, CEO da VanEck.

ETF de WEB 3.0

Já o ETF de WEB 3.0 é mais um produto da Hashdex. Com o nome de WEB311 este é o quinto ETF de criptoativos que a Hashdex coloca na prateleira da B3.

Desenvolvido em parceria com a CF Benchmarks, um dos principais provedores globais de índices do mercado de ativos digitais, o WEB311 segue o “CF Web 3.0 Smart Contract Platforms Market Cap Index”, que por sua vez vai investir as principais e mais promissoras plataformas de contratos inteligentes.

Inicialmente, o índice vai investir em sete grandes projetos (tokens) e deve seguir a seguinte composição: Ethereum (22,5%); Cardano (22,5%); Solana (22,1%); Polkadot (19,5%); Algorand (8,8%); Tezos (3,5%); e, por fim, Cosmos (1,1%).

"Baseadas na tecnologia blockchain e operadas por redes descentralizadas, as plataformas de contratos inteligentes são a infraestrutura base todas as aplicações de Blockchain, incluindo a Web 3.0, uma nova versão da internet que deverá acelerar ainda mais a transformação digital da nossa sociedade", comenta Samir Kerbage, diretor de tecnologia da Hashdex

Mercado de recebíveis de cartões

Outra novidade da B3 é que a Bolsa brasileira iniciou a produção de registros de recebíveis de cartões, que representam a receita que os lojistas têm a receber com as vendas realizadas por meio de cartões de crédito ou débito.

O registro e a negociação de recebíveis tornou-se obrigatório no Brasil em junho de 2021 e, em seguida, a B3 recebeu a autorização do Banco Central para atuar como registrador.

Após período de testes de interoperabilidade com as outras registradoras que já atuam no mercado, a B3 anuncia a fintech de pagamentos b2b Marvin como seu primeiro cliente nesta operação.

“A Bolsa tem atualmente mais de 400 empresas listadas, muitas delas não tem ideia de como podem se beneficiar desse novo mercado. Juntos, vamos mostrar que praticamente todos os setores da economia podem ganhar com a nova regulação”. comenta Bernardo Vale, co-fundador da Marvin, que complementa:

Com a parceria, os clientes da Marvin terão seus contratos de cessão de crédito registrados na B3, o que viabiliza o pagamento de seus fornecedores, gerando assim uma nova forma de pagamento com novas possibilidades de negócios, menor risco para o fornecedor e maior flexibilidade para os lojistas.

“A estratégia da B3 nesse segmento é oferecer infraestrutura de alta qualidade com o intuito de viabilizar novos tipos de negócios. Queremos nos aproximar de clientes como fintechs e marketplaces, além de bancos pequenos e médios, que atuam de forma inovadora para garantir que os participantes possam realmente ser beneficiados, com a criação de novas formas de pagamento que otimizem os processos e barateiem as operações” diz Fernando Bianchini, Superintendente de Produtos da B3.

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