A gestora brasileira Hashdex, responsável no Brasil pelo primeiro ETF de Criptomoedas da Bolsa de Valores, B3, recebeu cerca de US$ 26 milhões em uma rodada de investimento que contou com a participação da Rede Globo, o maior grupo de telecomunicações da América Latina e da Coinbase, a principal exchange de criptomoedas dos EUA.
“Tendo em vista a natureza descentralizada das blockchains, bem como os mecanismos e seus incentivos, há valor criado tanto para os participantes do ecossistema como para os detentores de ativos de cripto. A Hashdex lidera o movimento de popularização dessa classe de ativos para investidores brasileiros e internacionais, criando produtos que viabilizam qualquer pessoa a ter exposição à criptomoedas. Estamos orgulhosos com a nossa parceira com o Marcelo Sampaio e a brilhante equipe que ele montou para permitir que tecnologias de cripto e blockchain se tornem populares”, disse Scott Sobel, sócio-fundador do Valor Capital Group
Segundo informações divulgada pela empresa, a rodada Series A foi liderada pela Valor Capital, no caso da Coinbase a participação foi realizada pela Coinbase Ventures, o corporate venture capital da exchange americana e, no caso da Rede Globo pela Globo Ventures, o braço de investimentos do Grupo Globo, que é comandada pelo próprio Roberto Marinho, fundador da empresa.
Além disso, a rodada de investimento atraiu o Softbank, a Igah, Alexia VC, Fuse, Endeavor Catalyst e do Canary. Esta foi a segunda rodada de investimento da Hashdex.
“A trajetória da Hashdex foi marcada por uma série de marcos importantes para a indústria de cripto. Hoje, investidores de todo o mundo têm acesso a soluções simplificadas de investimento, assim como também tivemos um papel importante no amadurecimento da regulação do setor. Anunciar esta rodada comprova a credibilidade que a gestora construiu no mercado”, afirmou Marcelo Sampaio, CEO da Hashdex.
Ainda segundo a publicação, os recursos devem ser usados para acelerar o crescimento da gestora que pretende dobrar o valor dos ativos sob gestão e triplicar o numero de funcionários.
Nos planos da empresa também estaria a internacionalização, no qual a empresa pretende pegar a experiência do Brasil e tentar aplicar em outros mercados na América e em outros continentes.
“Nossa idéia é pegar os aprendizados que tivemos no Brasil e testar o mesmo modelo em mercados que tem uma boa demanda para criptomoedas,” diz Roberta Antunes, a chief growth officer da Hashdex.
Hashdex
A Hashdex é responsável, no Brasil, por cerca de 7 fundos de investimento com exposição em criptoativos, todos regulamentados pela Comissão de Valores Mobiliários, CVM.
Entre eles há fundos com exposição 100% em criptomoedas, 100% em Bitcoin, e outros com exposição de 20%. Atualmente os fundos são distribuídos em 18 plataformas pelo Brasil entre elas a XP Investimento e o Banco BTG Pactual.
A gestora também foi responsável pelo primeiro ETF de criptomoedas do Brasil, o HASH11, que já atingiu mais de R$ 1 bilhão em captação na B3 e conta com parceira do Banco Itaú, Banco do Brasil e Banco BTG Pactual.
O ETF, que já é o terceiro maior da B3 e conta com 61.500 cotistas, segue o Nasdaq Crypto Index (NCI), índice co-desenvolvido pela gestora brasileira e pela Nasdaq, atualmente composto por seis criptomoedas: , , , , e Chainlink.
A cesta de ativos do ETF passa por um rebalanceamento a cada três meses, assim como ocorre no Hashdex Nasdaq Crypto Index ETF, fundo de índice que a Hashdex lançou na Bermuda Stock Exchange em fevereiro deste ano e que foi o primeiro ETF de criptoativos aprovado no mundo.
Confira a rentabilidade dos fundos de investimento da Hashdex
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