O Braza Bank anunciou nesta terça-feira (18) o lançamento do BBRL, nova stablecoin lastreada ao real, que deverá ser disponibilizada ainda no primeiro trimestre aos clientes do Braza On, aplicativo do banco de câmbio brasileiro.
Criada na blockchain de camada 1 (L1) XRP Ledger, da empresa estadunidense de pagamentos internacionais Ripple, a stablecoin passa a ser disponibilizada aos clientes de varejo do Braza. Isso porque o BBRL já era disponibilizado a clientes institucionais do Braza Bank.
“Nos posicionamos para começar a vendê-las no mercado institucional, para empresas do Brasil que possuem demanda de compra e ao longo do ano conquistamos uma parte significativa desse mercado, hoje já somos referência do setor”, explicou Marcelo Sacomori, CEO do Grupo Braza.
Para Marcelo Sacomori, “com o BBRL, os brasileiros e empresas nacionais ganham novas alternativas para se proteger da volatilidade e agilizar suas operações, contribuindo para um ecossistema financeiro mais inclusivo e eficiente”.
Segundo representante do Grupo Braza, o novo token impulsiona o acesso de pessoas e empresas ao mercado digital de forma mais inclusiva.
“Essa stablecoin não só permite levar transferências internacionais transparentes, investimentos e transações comerciais estáveis, como também promove eficiência e segurança no mercado. Nosso objetivo é construir uma rede que confere uma alta liquidez para ela”, destacou Marcelo.
Sacomori deu a entender que o BBRL pode chegar em breve ao mercado secundário de criptomoedas ao qualificar 2025 como um ano de avanço regulatório e deixar escapar que a emissora da stablecoin tem um olhar positivo e está preparada para as definições infralegais a serem expedidas pelo Banco Central (BC).
“Estamos com um olhar bem positivo e bem preparados, especialmente para essa questão. Além disso, estamos prontos para receber as exchanges no Brasil e acompanhar os ajustes finos no mercado de câmbio”, revelou.
O executivo disse ainda que o BBRL pode fortalecer a posição da empresa na segunda fase do Drex, a versão brasileira de moeda digital emitida por banco central (CBDC), já que o Braza Bank integra um dos consórcios participantes.
“Propomos quatro casos de uso, como explorar a blockchain pública, tokenização de debêntures, custódia dos ativos do Drex, troca entre de CDBCs, ou seja, troca de moedas de Bancos Centrais. Os casos de uso ainda estão sendo selecionados, mas estamos positivos que serão em um futuro próximo”, salientou.
Na avaliação do vice-presidente sênior da Ripple, Markus Infanger, o BBRL no XRP Ledger cria oportunidades significativas para o mercado brasileiro, ao mesmo tempo que estabelece as bases para uma adoção mais ampla na América do Sul e além”.
“Essas stablecoins trazem maior eficiência aos pagamentos transfronteiriços, expandem o acesso a ativos digitais confiáveis e permitem que as empresas explorem novos casos de uso financeiro. Ao aproveitar a velocidade, segurança e escalabilidade do XRPL, o ativo têm o potencial de impulsionar a inovação e o crescimento econômico em toda a região”, explicou.
Em janeiro, o Braza anunciou uma parceria que viabiliza uso do Pix em Portugal, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.