O Banco Central do Brasil selecionou, dentro do Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (LIFT) 2 projetos baseados em blockchain que tem potencial de ajudar na modernização do sistema financeiro nacional.
Os projetos selecioandos pelo BC foram o preks que através da união de três tecnologias, assinatura digital, registro em blockchain e conta escrow, se propõe a resolver os problemas da cessão de precatórios, criando um novo mercado secundário de precatórios mais justo, flexível, ágil e transparente.
Alem dele, também foi selecioando dentro do LIFT o ReConID que tem por objetivo desenvolver uma solução de compartilhamento de dados cadastrais e de transações de clientes para a Fase II do Open Banking no Brasil baseado em um sistema DLT.
Os projetos selecionados serão apresentados no ano que vem em evento a ser realizado pelo BC e podem ter suas soluções incorporadas ao Sistema Financeiro Nacional como aconteceu com o Saxperto, criado por um dos fundadores do Mercado Bitcoin, Rodrigo Batista, e que integrará o Pix.
Banco Central
Na edição de 2020 do LIFT o Banco Central destaca que recebeu 67 inscrições de todas as regiões do Brasil, além de quatro projetos do exterior. Desses, 25 foram selecionados para a fase de desenvolvimento. Neste ano, o programa bateu recorde de entrega: 21 projetos alcançaram a fase final, entre 25 selecionados inicialmente.
Criado para incentivar o desenvolvimento de projetos que propõem inovações tecnológicas no Sistema Financeiro Nacional (SFN), o LIFT reflete, em sua edição de 2020, o avanço na transformação digital do setor financeiro nos últimos anos.
A atual edição destaca a maturidade dos trabalhos apresentados e o potencial de impacto que representam para a inovação no SFN.
Os projetos apresentaram contribuições inovadoras em áreas como o agronegócio e sustentabilidade, com projetos voltados à geração de títulos florestais, à criação de um marketplace que oferece crédito agrícola rápido e fácil para agricultores familiares além de soluções para auxiliar o produtor rural a obter informações para a tomada de crédito.
Além de plataformas para promover a competitividade no mercado de crédito para pessoas jurídicas, no formato de marketplace reverso, entre diversos projetos relevantes para a economia nacional.
LIFT
O LIFT funciona como um indutor de inovação. A partir da seleção, ocorre um processo de aceleração de ideias para desenvolver um protótipo funcional em três meses, que tenha condições de provar que a inovação pode ter utilidade e melhorar o SFN.
Desde a primeira edição, o LIFT já induziu o desenvolvimento de mais de 50 novos produtos em um período de 3 anos.
Os trabalhos desenvolvidos pelo LIFT têm contribuído para aumentar a competitividade e introduzir tecnologia de ponta no SFN, além de reduzir custos e introduzir novos modelos de negócio.
As soluções para viabilizar o Open Banking são um exemplo. A identidade soberana é uma etapa fundamental para o desenvolvimento dos modelos de Open Banking. Ela permite que o cadastro do cliente seja de propriedade dele e não das instituições financeiras.
Desde a edição de 2019, o LIFT tem desenvolvido soluções que autorizam o uso de identidade soberana, seguindo os objetivos estratégicos da Agenda BC# para o Open Banking.
De acordo com André Siqueira, um dos coordenadores do LIFT, para o BC é fundamental estar em contato com as inovações que surgem no mercado.
“A proximidade com o BC no nascedouro das ideias permite um alinhamento com os objetivos estratégicos da Agenda BC#. Por meio da participação dos servidores do BC nos grupos de acompanhamento dos projetos, fomenta-se uma troca de experiências e um direcionamento dos novos produtos para atender a aspectos do mercado que precisam de maior maturidade, que têm baixa competitividade ou pouca oferta”, declarou.
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