Os investimentos do Brasil em produtos baseados em criptomoedas alcançaram US$ 24,7 milhões, cerca de R$ 149,5 milhões, no acumulado semanal da última sexta-feira (13), quando o segmento registrou um saldo global de US$ 3,2 bilhões, segundo a CoinShares.
Reprodução/CoinShares
De acordo com a gestora de criptomoedas, os volumes de negociação semanal chegaram a uma média de US$ 21 bilhões, montante equivalente a 30% do Bitcoin (BTC) negociado em exchanges confiáveis. O que representa US$ 8,3 bilhões por dia este ano, o dobro do FTSE 100, índice que replica as cem ações mais representativas da Bolsa de Londres.
A pressão compradora semanal de fundos cripto, a décima consecutiva no azul, foi capitaneada pelos Estados Unidos e seus US$ 3,13 bilhões em entradas líquidas. Na sequência, Suíça, Alemanha, Hong Kong, Canadá e Austrália aportaram respectivos líquidos de US$ 35,6 milhões, US$ 32,9 milhões, US$ 9,7 milhões, US$ 4,9 milhões e US$ 3,8 milhões. Em direção contrária, a Suécia sacou líquidos US$ 19 milhões.
Com o saldo da semanal, o Brasil chegou a US$ 205 milhões, R$ 1,24 bilhão, investidos em fundos de criptomoedas em 2024. Globalmente, o acumulado desse ano alcançou US$ 44,48 bilhões, sendo US$ 11,5 bilhões dos depósitos líquidos efetuados a partir de 5 de novembro, com a vitória do republicano Donald Trump na corrida presidencial estadunidense.
A manutenção do fluxo de entradas líquidas elevou o total de ativos sob gestão (AuM, na sigla em inglês) US$ 167,4 bilhões. Nesse caso, o Brasil se manteve na sexta colocação global ao atingir US$ 1,46 bilhão, R$ 8,8 bilhões. EUA, Suíça, Canadá, Alemanha e Suécia também mantiveram suas posições com respectivos US$ 128,67 bilhões, US$ 7,85 bilhões, US$ 6,8 bilhões, US$ 6,14 bilhões e US$ 4,23 bilhões.
A CoinShares chamou a atenção para os fundos cripto baseados em Ethereum (ETH), cujo saldo de US$ 1,089 bilhão representou a sétima semana consecutiva acima de US$ 1 bilhão. Os produtos baseados no token da rede líder dos contratos inteligentes ocuparam a segunda colocação semanal por criptoativo, já que os fundos em Bitcoin foram responsáveis por US$ 2 bilhões em entradas líquidas no período, enquanto os produtos de Short Bitcoin atraíram US$ 14,6 milhões.
Apesar do recuo de líquidos US$ 31 milhões em fundos baseados em cestas de multiativos, o monitoramento semanal destacou que outras altcoins ajudaram seus respectivos fundos. Entre elas XRP, Litecoin (LTC), Cardano (ADA) e Solana (SOL), com respectivas entradas líquidas de US$ 145,8 milhões, US$ 2,2 milhões, US$ 1,9 milhão e US$ 1,7 milhão.
Pela aferição relacionada a produtos/gestoras, a Grayscale e o CoinShares XBT remaram contra a maré e recuaram em respectivos líquidos de US$ 145 milhões e US$ 23 milhões. Pelo contrário, iShares ETFs, Fidelity ETFs e Voltatility Shares Trust apresentaram os principais volumes de entradas líquidas, respectivamente em US$ 2,03 bilhões, US$ 598 milhões em US$ 321 milhões.
Reprodução/CoinShares
Na semana anterior, os aportes nacionais superaram R$ 25 milhões e favoreceram o recorde anual do segmento do período, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.