A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin (BTC), está cotada na manhã desta segunda-feira, 16/12/204, em R$ 634.834,42. Os touros conseguiram mais uma vez levar o BTC para uma nova máxima histórica, com uma alta de 5%, que estabeleceu US$ 106 mil como novo valor máximo do BTC, mas os touros estão animados e prometem mais alta ao longo da semana.

Fábio Plein, Diretor Regional da Coinbase para as Américas, destaca que os recentes fluxos positivos de ETFs de BTC e ETH, além da boa performance de preço do BTC e a expectativa por mais um corte de juros na próxima reunião do Fed, na próxima semana, são alguns dos fatores que fazem o mercado permanecer otimista.

"Além disso, vemos também mais países se movimentando em direção à obtenção de maior clareza regulatória para o setor, como o Brasil, onde o Congresso propôs o estabelecimento de uma reserva estratégica de Bitcoin, e a China, onde se discute medidas de estímulo econômico e há estudos em andamento sobre o potencial do mercado cripto", disse.

Rodrigo Miranda, criador da Universidade do Bitcoin, destaca que o fluxo comprados dos ETFs, aliado a possibilidade de países criarem uma reserva estratégica com Bitcoin estão ajudando a manter o hype do mercado.

"Isso é fantástico, é fenomenal, porque o Bitcoin está aí com 94% da sua mineração e, em breve, ali entre 2030 e 2031, chegaremos a 99% dos bitcoins minerados. Dessa forma, vamos chegar em um nível de escassez muito alto de Bitcoin em breve. E essa curva de escassez só tende a aumentar", destaca.

Pauline Shangett, CMO da plataforma ChangeNOW, destacou a importância de observar os níveis críticos do mercado. "O Bitcoin atingiu um novo recorde histórico e continua subindo. No entanto, o número de posições alavancadas compradas está novamente relativamente alto", afirmou a especialista.

Segundo Shangett, o nível de suporte de US$ 102 mil é essencial para o desempenho futuro da criptomoeda. "Se o Bitcoin perder os US$ 102 mil, podemos enfrentar outro crash de liquidez. Mas, se conseguir se manter acima desse valor, o próximo alvo é US$ 110 mil."

Outro fator que chama a atenção é a crescente demanda por Bitcoin através de ETFs (fundos negociados em bolsa). Entre 9 e 13 de dezembro, os ETFs de Bitcoin registraram um influxo líquido de US$ 2,17 bilhões, marcando cinco dias consecutivos de entradas.

O ETF da BlackRock, IBIT, liderou o movimento, com um influxo semanal de US$ 1,51 bilhão, seguido pelo ETF da Fidelity, FBTC, que atraiu US$ 598 milhões no mesmo período.

No total, os ETFs adquiriram 21.300 bitcoins na última semana, enquanto apenas 3.150 novas unidades da criptomoeda foram mineradas. Esse desequilíbrio entre oferta e demanda pode gerar um "choque de oferta", impulsionando ainda mais o preço do ativo.

Portanto, o preço do Bitcoin em 16 de dezembro de 2024 é de R$ 634.834,42. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0016 BTC e R$ 1 compram 0,0000016 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 16 de dezembro de 2024, são: Virtual Protocols (VIRTUAL), Hyperliquid (HYPER) e Ondo (ONDO), com altas de 23%, 13% e 11% respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 16 de dezembro de 2024, são: Kucoin (KCS), Kaia (KAIA) e Hedera (HBAR), com quedas de -8%, -7% e -5% respectivamente.

O que é Bitcoin?

O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.

O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.

Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.

O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.

Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.

Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).

Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.

A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.

Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão