A exchange brasileira Brasil Bitcoin lançou na última segunda-feira um cartão de crédito atrelado à conta da exchange, ligada à conta da corretora brasileira.

Através de sua assessoria, a Brasil Bitcoin diz que formou uma parceria com a processadora de cartões Elo para lançar o cartão, buscando aumentar a adoção de criptomoedas para pagamento de contas de consumo.

O CEO da exchange, Marco Vinícius Castellari, diz que o novo produto é parte de um processo para a Brasil Bitcoin tornar-se um banco digital:

“Lançar esse cartão faz parte do processo da Brasil Bitcoin para se tornar um banco, só que das criptomoedas. Agora, nossos clientes podem realizar compras e fazer assinaturas com essa opção. Vamos começar a disponibilizar no dia 8 de março de 2021, e sua solicitação do cartão pelo aplicativo acontecerá gradativamente ao longo de 2021 para os usuários”

Ele também explica no press release que o cartão é diferente dos já lançados no mercado brasileiro, que precisam de carregamento de criptomoedas para serem usados:

“Ter que ficar recarregando o cartão pré-pago não é um processo trabalhoso, mas é algo que pode irritar a pessoa. Com o cartão da Brasil Bitcoin não será necessário ter que ficar adicionando créditos, o usuário irá usar o saldo da sua conta da nossa plataforma, assim como é com os bancos tradicionais. E não será necessário ter um valor mínimo para compra”

Segundo Marco Vinícius, os descontos do uso do cartão na conta da exchange serão feitos prioritariamente em real. Quando isso não for possível, será debitado o equivalente em Bitcoin:

“A princípio, quando o cliente fizer uma compra, será debitado o saldo em Reais. Caso não seja suficiente, realizamos uma tentativa de compra utilizando o saldo em reais mais o equivalente em Bitcoin. Se não for suficiente novamente, realizamos mais uma tentativa de pagamento utilizando somente o saldo em Bitcoin. A conversão da criptomoeda para aprovar a compra em Reais é realizada instantaneamente e a preço de mercado, sem necessitar nenhuma ação do usuário. Num futuro próximo, será possível selecionar qual moeda principal e secundária será debitada nas compras. Com essa forma de operar, pretendemos atingir 250 mil pessoas até 2022."

A intenção da Brasil Bitcoin de se tornar um banco digital não é inédita. A maior exchange da América Latina, a Mercado Bitcoin, já pediu ao Banco Central autorização para que seu banco digital, o MeuBank, opere como instituição de pagamentos.

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