Antônio Neto Ais, sócio da empresa de investimento em criptomoedas Braiscompany junto com a esposa, Fabrícia Campos, publicou uma nota em suas redes sociais na última quinta-feira (16) sobre o escândalo envolvendo a empresa, que interrompeu os saques dos clientes no final do ano passado e é acusada pelo Ministério Público da Paraíba (MP-PB) de ser uma pirâmide financeira. Antônio Neto Ais e Fabrícia são considerados foragidos desde fevereiro, quando a Justiça determinou a prisão do casal. 

Antônio Ais diz na nota: 

“Sonhei e idealizei a Braiscompany para gerar liberdade financeira através do mercado cripto. Ajudamos milhares de pessoas a realizarem esso nos últimos anos. Todos os nossos esforços e dedicação foram em favor do sucesso deste modelo de negócio. Não paramos voluntariamente, até permanecemos firmes, mas infelizmente tivemos nossas atividades suspensas por decisão judicial.”

Ele também relata que supostamente “2022 começou com a empresa equilibrada, em contrapartida com o cenário de mercado desfavorável, intensificamos estratégias, estudos, operações.”

“Todavia, vários fatores começaram a prejudicar nosso crescimento e sustentabilidade. A queda do Bitcoin e do mercado cripto como um todo; fatores como a quebra da FTX; sem falar na pressão de autoridades e entidades, nas quais a verdade sobre este assunto chegará o tempo, e tudo virá à tona", alegou. 

Ele disse ainda que "tentou com todas as forças e recursos reverter a situação":

“Importante frisar que todos os recursos da empresa presentes em contas bancárias e exchanges foram totalmente bloqueados e arrestados pela Justiça e órgãos competentes[…] Hoje nos encontramos sem recursos, sem carro, sem casa, sem liberdade! Totalmente reféns dessa situação.”

O dono da empresa prosseguiu criticando o bloqueio de bens pertencentes a colaboradores e familiares que, segundo ele, “não tinham vínculos diretos com a Braiscompany.”

"Aos meus clientes, lamento profundamente o mal que está sendo gerado pela paralização de nossa atividades. Isso não fazia parte dos Nossos planos. Espero que os recursos de fato possam chegar nas mãos dos clientes[…] Quero dizer que mesmo sem ter a intenção de gerar danos, a responsabilidade é integralmente MINHA, como CEO da empresa.”

“Não somos compreendidos. Somos perseguidos, ameaçados, extorquidos, pressionados…” disparou Antônio Ais insentando os colaboradores da Braiscompany de responsabilidades ou culpa.

No final de fevereiro, os colaboradores da empresa também foram notificados por meio de um informativo assinado pelo advogado da Braiscompany, Orlando Penha, sugerindo que eles procurassem assessoria jurídica, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

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