O Bradesco anunciou nesta sexta-feira (13) a conclusão da primeira operação piloto de tokenização de um título emitido pela instituição bancária, no caso uma Cédula de Crédito Bancário (CCB), no valor de R$ 10 milhões, que agora também utilizará o Distributed Ledger Technology (DLT), que a tecnologia de livro-razão, na tradução em português, baseada na tecnologia blockchain

O criptoativo deverá ser listado na Bolsa OTC Brasil, que é uma plataforma destinada à negociação de tokens atrelados aos respectivos papéis emitidos por companhias de capital aberto e sociedades anônimas fechadas, projeto aprovado em 2021 no âmbito do Sandbox Regulatório do Banco Central do Brasil.

“Continuamos trabalhando e testando os benefícios da tecnologia blockchain utilizando o seu ecossistema de inovação, o Inovabra, para que novas operações sejam disponibilizadas aos nossos clientes”, disse o diretor executivo do Bradesco, Edson Moreto.

De acordo com o comunicado, o Bradesco atuou na transação como originador e distribuidor dos títulos, em conjunto com a Bolsa OTC Brasil, cuja plataforma, além dos CCBs, atualmente possibilita a negociação de tokens de Cédulas de Crédito Imobiliário (CCIs) e Certificados de Cédulas de Crédito Bancário (CCCBs).

Em relação aos segmentos, a Bolsa OTC (over-the-counter), que em português pode ser traduzido como “mercado de balcão”, representa um espaço de negociação sem a intermediação de bolsas de valores e prevê a listagem de emissores aprovados que compreendem empresas “Middle Market”, com faturamento entre R$ 10 milhões e R$ 300 milhões anuais, e “Large Companies”, que são as companhias com mais de R$ 300 milhões em receita anual. Mas, as ofertas são realizadas em regime de "Oferta Primária" de forma privada, de acordo com o que informa a Bolsa OTC em sua página oficial.

A entrada oficial do Bradesco aconteceu após a sanção da Lei das Criptomoedas no Brasil, no final do ano passado, o que possivelmente é um sinal de que o banco aguardava por mais segurança jurídica do setor de tokenização de ativos com a regulamentação. Coincidência ou não, a entrada em vigor da nova legislação ocorreu no mesmo dia do lançamento do Beenx, o primeiro mercado de balcão em blockchain de energia elétrica do país, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

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