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Walter BarrosWalter Barros

Bradesco inicia testes de identidade via blockchain com foco na jornada de crédito

Banco escolhe três agências para utilização do IDbra, ideia é simplificar, agilizar e tornar jornada do cliente mais segura pela utilização da tecnologia que suporta criptomoedas.

Bradesco inicia testes de identidade via blockchain com foco na jornada de crédito
Brasil

Resumo da notícia:

  • Bradesco inicia testes do IDbra em três agências, com cerca de 40 mil clientes.

  • Ideia é reduzir pela metade tempo da jornada de solicitação de cartões.

  • Simplificação pode quadruplicar novas adesões, segundo o banco.

  • Credencial em si não está na blockchain, mas sim o token referente à credencial.

O Bradesco anunciou esta semana o início dos testes do IDbra, solução de identidade digital baseada em blockchain voltada para jornada de crédito dos clientes.

Segundo informações da Exame, três agências foram escolhidas para o início dos testes com a nova plataforma desenvolvida pelo inovabra, ecossistema de inovação do Bradesco baseado em trabalho colaborativo com startups, empresas, parceiros tecnológicos, instituições de ensino, investidores e mentores.

A instituição acrescentou que o foco inicial do IDbra é a jornada de solicitação de cartões de crédito, já que o Bradesco acredita que a blockchain deve tornar o processo mais simples, rápido e seguro, aumentando a taxa de aprovação.

As três agências escolhidas, segundo o banco, concentram aproximadamente 40 mil clientes. Universo que passa a ser exposto a testes de validação via blockchain, para mensuração dos resultados do IDbra.

O Bradesco acrescentou que a plataforma também tem o objetivo de reforçar a segurança e a privacidade, além de impulsionar a adesão aos cartões de crédito. Nesse caso, o banco estima que a taxa de novas concessões deve quadruplicar, já que uma boa parcela dos clientes abandonam seus pedidos durante a fase de preenchimento de dados. Com a blockchain, além da supressão dessa fase, o banco espera uma redução de cerca de 50% no tempo médio de solicitação.

O diretor executivo de tecnologia do Bradesco, Francesco Di Marcello, salientou que a instituição confia nas interações digitais com divisor de águas nas relações entre pessoas e empresas.

Nesse contexto, a identidade digital é uma resposta a essa demanda crescente, um avanço que respeita a privacidade dos usuários e torna a experiência mais rápida, fluida e conveniente para o cliente, acrescentou.

De acordo com o executivo, o IDbra pretende suprimir os longos cadastros e criação de senhas, acrescentando que o protocolo blockchain é “mais que uma carteira digital”. Segundo ele, após os testes, a solução pode evoluir para outras aplicações internas e externas.

Nossa solução está sendo construída para ser uma plataforma robusta e escalável, capaz de lidar com diferentes tipos de credenciais, desde dados básicos, como nome e telefone, até informações financeiras e, futuramente, de saúde, revelou.

Di Marcello disse ainda que, “para proteger a confidencialidade, a credencial em si não está na blockchain, mas sim o token referente à credencial, e qualquer um desse atores pode confirmar na blockchain a autenticidade e imutabilidade da credencial que foi recebida e a confiabilidade de quem a emitiu”.

Enquanto isso, a B3 adota tecnologia do Bitcoin e se prepara para “tokenização de tudo” a partir de 2026, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.