A BitGo anunciou nesta sexta-feira (25) a abertura de uma filial para as operações da custodiante de criptomoedas no Brasil.

Em comunicado, a BitGo Brasil Tecnologia Ltda informou que a subsidiária brasileira chega para reforçar o compromisso da empresa com a expansão internacional e o alinhamento com as futuras regulamentações para provedores de serviços de ativos virtuais.

Segundo a empresa de infraestrutura de ativos digitais, as discussões em andamento no Brasil estão caminhando para a necessidade de gerenciamento local de chaves criptográficas, uma capacidade que a empresa já está preparada para oferecer.

Ao estabelecer uma presença local, a BitGo visa garantir conformidade, segurança e soberania na prestação de serviços a instituições financeiras, como bancos, corretoras e gestoras de ativos, informou a empresa.

A decisão de entrar no mercado brasileiro ocorre após a empresa ter obtido a licença regulatória da União Europeia (UE) MiCa (Markets in Crypto-Assets) na Alemanha, uma das certificações mais rigorosas do setor, que permite à BitGo operar sob os padrões europeus.

O foco atual, de acordo com a custodiante, é construir uma base sólida no Brasil, independentemente do resultado regulatório final do país.

Queremos que os bancos nos vejam como aliados. Estamos preparados para atender a quaisquer demandas que surgirem, com segurança, tecnologia e respeito às leis locais. Mesmo que a legislação tome outro rumo, permaneceremos aqui como parceiros das instituições brasileiras, afirmou Luis Ayala, diretor da BitGo para a América Latina.

Ao Valor, Ayala acrescentou que a regulamentação não está clara no país, que a Bitgo queria ser um player mais local e que a empresa não pretende competir com os serviços de custódia dos bancos, mas firmar parcerias com essas instituições pela disponibilização da tecnologia da Bitgo. Segundo ele, a empresa conta com uma camada de custódia fiduciária regulamentada pelo mercado de seguro e resseguro britânico Lloyd’s, no valor de US$ 250 milhões e com contratação adicional que pode chegar a US$ 1 bilhão.

Serviços

A empresa informou ainda que expandiu suas operações com um portfólio completo de soluções de tesouraria corporativa para ativos digitais. Além de custódia a frio (cold storage) segurada e negociação OTC para investidores institucionais, a BitGo destacou que oferece fluxos de trabalho de tesouraria automatizados, APIs prontas para auditoria e suporte técnico altamente especializado. Esses serviços foram desenvolvidos para empresas que buscam não apenas segurança, mas também eficiência e controle em suas operações de criptoativos.

Com a nova operação brasileira, esses serviços agora são oferecidos com uma abordagem verdadeiramente localizada, levando em consideração o contexto econômico, regulatório e cultural do Brasil, explicou a empresa.

A BitGo salientou que está preparada para apoiar empresas que veem as criptomoedas como uma alternativa estratégica para diversificação de caixa, proteção patrimonial e crescimento de capital, e que, ao fornecer suporte técnico e regulatório adaptado à realidade nacional, é possível destravar o uso institucional de ativos digitais, contribuindo para a maturidade do mercado e o desenvolvimento de uma nova gestão financeira, mais descentralizada, robusta e alinhada às tendências globais.

A BitGo Brasil representa não apenas uma expansão geográfica, mas nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável do ecossistema de criptomoedas local, oferecendo uma infraestrutura robusta adaptada ao cenário econômico e regulatório do Brasil, com foco na confiança institucional, concluiu Luis Ayala.

Empresas tradicionais também estão entrando no jogo do tesouro cripto com compras de BTC, XRP e SOL. Esse também é o caso da brasileira Méliuz, que recentemente acumulou alta de 170% com a máxima histórica do Bitcoin, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.