O mercado de criptomoedas operava a um market cap de US$ 3,24 trilhões (+0,7%) na manhã desta quinta-feira (6), ocasião em que o Bitcoin (BTC) orbitava US$ 98,9 mil (+1%) com 60,4% de dominância de mercado, sentimento dos investidores em zona de medo (35%) e a maioria das principais altcoins no vermelho, apesar da expectativa de muitos investidores com uma nova listagem na Binance.
O mapeamento das plataformas apontava um cenário lateralizado em relação ao dia anterior, já que o volume de negociações girava em torno de US$ 118,5 bilhões (-29,6%), liquidação de traders alavancados de criptomoedas a US$ 178 milhões (-49,8%), dos quais US$ 111 milhões eram de compras a descoberto (long) ante US$ 66 milhões em posições vendidas (short), além da fraqueza do índice altseason, que mede a força das 100 maiores altcoins em capitalização de mercado, a 35 pontos.
A lateralização cripto ocorria pela falta de catalisadores para a manutenção da volatilidade do Bitcoin nos últimos dias, com destaque para o lançamento do assistente de inteligência artificial (IA) chinês DeepSeek e a ofensiva comercial do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra a China, depois de uma trégua com México e Canadá.
No mercado acionário, o S&P 500 e o Nasdaq, cujos desempenhos se correlacionam ao Bitcoin, encerraram respectivamente em 6.061,48 (+0,39%) e 19.692,33 pontos (+0,19%) na esteira da fraqueza dos papéis das big techs como Alphabet (GOOGL), controladora do Google, e a fabricante de chips Advanced Micro Devices (AMD), após a divulgação de balanços do último trimestre de 2024.
Apesar do marasmo, os mercados mais voláteis, como o de criptomoedas, beneficiaram-se com a queda dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA, após o Departamento do Tesouro sugerir que pode se adaptar facilmente a possíveis mudanças fiscais, em razão do tamanho atual dos leilões.
O Volatility Index (VIX), conhecido por índice do medo, encontrava-se recuado a 15,88 pontos (-7,7%). Já os fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em negociação à vista (spot) de Bitcoin e Ethereum (ETH) registraram níveis mais baixos de entradas líquidas, US$ 66,38 milhões e US$ 18,11 milhões respectivamente, segundo dados da plataforma SoSoValue.
No campo das principais altcoins em capitalização de mercado, o PENGU recuava a US$ 0,011 (-11,6%), o MELANIA se retraía a US$ 1,54 (-11%), o VIRTUAL encolhia a US$ 1,31 (-8,8%), o ENA estava precificado em US$ 0,53 (-8,6%), o RAY abaixava a US$ 5,39 (-8,3%), o FARTCOIN derretia a US$ 0,49 (-30%), o S ascendia a US$ 0,46 (+7,6%), o LDO chegava a US$ 1,83 (+4,2%), o FTT se transformava em US$ 2,14 (+3,9%), o PENDLE era trocado por US$ 3,05 (+7,6%), o QTUM estava cotado a US$ 3,56 (+7,1%) e o GNO pareava US$ 3,56 (+7,1%).
Quanto às altas de dois dígitos percentuais, em menor número, o TRIBLE atingia US$ 0,54 (+21,7%), o STPT se localizava em US$ 0,070 (+18,6%), o CUROS se convertia em US$ 0,010 (+12,5%), o QI representava US$ 0,012 (+15%), o GST era vendido por US$ 0,017 (+41%), o KAPPA estava precificado em US$ 0,049 (+32%), o ANT se comparava a US$ 1,13 (+21,3%) e o MPT era transacionado por US$ 0,039 (+55,3%).
Um dos destaques era a listagem inicial do BERA, token nativo da nova blockchain de camada 1 (L1) Berachain, que acontece às 10 horas (horário de Brasília) na Binance. O BERA também é o sétimo projeto de listagem através do HODLer, que é um programa de recompensas da exchange de criptomoedas voltado aos detentores de BNB, token do ecossistema da Binance. Nesse caso, a listagem foi antecedida de um airdrop de 10.000.000 de BERA (2% do fornecimento total de tokens do genesis) aos detentores de BNB, a partir de snapshots históricos dos saldos dos usuários em períodos aleatórios para calcular as recompensas.
No dia anterior, o Bitcoin perdeu US$ 100 mil, mas o Jolts limitou a queda das criptomoedas em meio a guerra comercial entre EUA e China, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.