O Bitcoin (BTC) orbitava US$ 118,6 mil (-0,10%) na manhã desta terça-feira (29), quando a criptomoeda acumulava 0,5% de recuo semanal. No entanto, para alguns especialistas em criptomoedas, a retração do benchmark cripto é uma armadilha de urso, já que o BTC, segundo eles, está em zona de liquidez para um novo rali.

No X, Rekt Capital condicionou a retomada por nova máxima histórica do BTC à quebra semanal acima de US$ 119,2 mil para um rompimento de bandeira de alta.

Nesse caso, transformar ~US$ 119.200 em suporte por meio de um novo teste pode ocorrer na próxima semana (talvez até por meio de um pavio). No entanto, por enquanto, o BTC precisa evitar um pavio de alta além da resistência superior da Bandeira de Alta, disse.

Michael van de Poppe também foi na mesma direção, ao colocar a faixa de US$ 119,3 mil, alcançada no começo da semana, como zona de consolidação para um novo impulso verticalizado.

O #Bitcoin recuperou a liquidez na segunda-feira, com uma pequena correção e o gap da CME fechado. Vamos atingir o rompimento do ATH [máxima histórica] esta semana, certo?, destacou.

Ali Martinez também se mostrou otimista e apontou um alvo próximo à resistência de US$ 150 mil, ao declarar que:

O próximo topo do Bitcoin $BTC pode ser em US$ 149.679!

O pseudônimo DaanCrypto também chamou a atenção dos traders para a lacuna (gap) formada nos últimos finais de semana, por causa da diferença gráfica com o mercado de Futuros, por causa do fechamento da Chicago Mercantile Exchange (CME). No entanto, ele está otimista.

O $BTC E, mais uma vez, temos o fechamento do gap da CME na segunda-feira, assim como nas 5 semanas anteriores. Estamos construindo uma sequência e tanto neste momento. Quanto mais isso durar, mais se tornará uma profecia autorrealizável, salientou.

A favor do Bitcoin também estava o recuo de reserva de BTC nas exchanges de criptomoedas. De acordo com o monitoramento da CryptoQuant no momento desta edição, pouco mais de 2,3 milhões de BTC respondiam pelo suprimento circulante nas exchanges, o que apontava para autocustódia de sardinhas e baleias do Bitcoin, consequentemente queda de oferta.

Reserva de Bitcoin nas exchanges. Fonte: CryptoQuant

Em outro possível sinal de armadilha de urso, o gráfico do Bitcoin, que chegou a um fundo intradiário de US$ 117,4 mil, apontava dissociação da criptomoeda com o S&P 500 e o Nasdaq, que avançaram 6.389,77 (+0,018%) com alta acumulada mensal de 3,09% e 21.178,58 pontos (+0,33%) com alta acumulada mensal de 3,97%. Porém, para o Deutsche Bank, os traders alancados estão eufóricos demais pela tomada de empréstimos, já que a dívida de margem, oriundas desses empréstimos, subiu US$ 1 trilhão em junho. Para o banco, os dados da Autoridade Reguladora do Setor Financeiro (Finra) remetem a períodos que antecederam o estouro de bolhas financeiras.

Olhando para o plano macroeconômico, a movimentação tímida do BTC coincidia com o início de uma reunião de dois dias do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), já que o colegiado de política monetária do Federal Reserve (Fed) decide na próxima quarta-feira (30) manter ou não a atual taxa básica anual praticada pelo banco central estadunidense (4,25% a 4,50%). O que ocorre sob forte pressão do presidente Donald Trump sobre o Chair do Fed, Jerome Powell, visando o corte de juros e favorecendo o aquecimento de mercados como o de criptomoedas, associados ao risco.

Além do Fed, o mercado de criptomoedas tem como possíveis catalisadores de volatilidade a divulgação das folhas de pagamento não agrícolas (payroll) de junho e o índice de gastos de consumos pessoa (PCE) nos EUA.

O BTC também está relacionado entre as três criptomoedas com chance de alta e uma com risco de queda para ficar de olho, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletem as posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar uma decisão.