O preço do Bitcoin (BTC), na manhã desta terça-feira, 29/07/2025, está cotado em R$ 663.873,53. O preço do BTC mantém seu movimento lateral preso entre US$ 116 mil e US$ 119 mil, no entanto, as altcoins registraram forte queda, indicando uma possível correção que pode impulsionar o valor do BTC.
Bitcoin análise macroeconômica
"A valorização acelerada das altcoins desde abril deste ano, interpretada por muitos como o início de uma nova “alt season”, foi logo confrontada por correções acentuadas, provocando fortes oscilações no mercado cripto ao longo da semana. Um possível indicativo que confirmaria o início da "alt season" seria uma queda sustentada abaixo da média de 200 dias — movimento já observado em ciclos anteriores. Ainda assim, por cautela, é prudente aguardar sinais mais sólidos de uma performance de alta sustentada, como uma sequência de dias positivos. Além disso, no contexto macroeconômico, a próxima semana será de intensa movimentação com a reunião do Fed em 30 de julho e a suspensão da pausa nas tarifas recíprocas dos EUA em 1º de agosto." – Fabio Plein, diretor regional para as Américas da Coinbase.
Já André Franco, CEO da Boost Research, destaca que os mercados asiáticos recuaram moderadamente à medida que os investidores reavaliaram os impactos persistentes das tarifas, diante das implicações negativas do acordo comercial entre Estados Unidos e União Europeia, que elevou tarifas de 1–2% para 15%.
A medida gerou preocupações com o crescimento econômico e a inflação na Europa. Nos Estados Unidos, os mercados futuros dos principais índices permaneceram estáveis, apoiados por expectativas positivas quanto aos lucros das grandes empresas de tecnologia. Os rendimentos dos Treasuries de 10 anos permaneceram estáveis, refletindo a aposta do mercado na manutenção das taxas de juros pelo Federal Reserve.
O euro seguiu em território negativo, enquanto o dólar se fortaleceu, especialmente frente ao iene. Já o Bitcoin recuou levemente, sendo negociado em torno de US$ 118.400; no entanto, a perspectiva de curto prazo continua neutra a levemente positiva. Apesar da retração nos mercados asiáticos, que reflete a preocupação com os efeitos residuais das tarifas e pode reduzir temporariamente o fluxo para ativos de risco, o ambiente global ainda favorece o apetite especulativo.”, disse.
Bitcoin análise técnica
Uma análise da Bitfinex, aponta também que o Bitcoin chegou a recuar na semana passada para a mínima de US$ 114.800, patamar que marca sua faixa de suporte no curto prazo. A queda, no entanto, foi breve: os preços se recuperaram rapidamente e o BTC encerrou a semana com alta de aproximadamente 2,1%, cotado a US$ 119.580.
A retomada veio após uma queda rápida de quase 5% no meio da semana, que provocou uma onda de liquidações. Nos dias 23 e 24 de julho, mais de US$ 1,1 bilhão em posições compradas foram liquidadas nas principais corretoras, reflexo de como o mercado havia se sobrecarregado durante a recente escalada do BTC até suas máximas históricas.
Segundo a empresa, apesar de a correção ter sido superficial em termos de preço, o impacto na alavancagem foi profundo, evidenciando como o mercado cripto reage de forma intensa quando o otimismo cresce rápido demais.
A Bitfinex também destacou que nos bastidores, cresce o interesse por altcoins — moedas digitais alternativas ao Bitcoin. A dominância do Open Interest (OI) de Ethereum nos derivativos subiu de 17% para 26%, enquanto a do Bitcoin caiu para 41%, uma retração considerável em relação aos 51% registrados em abril.
Embora a fatia total das altcoins no mercado de derivativos tenha se mantido estável, na casa dos 30%, a composição mudou bastante, impulsionada por novas narrativas e lançamentos de tokens. Somando os principais ativos, como ETH, SOL, XRP e DOGE, o volume total de interesse em aberto saltou de US$ 26 bilhões para US$ 44 bilhões nas últimas quatro semanas, evidenciando o retorno do capital especulativo ao mercado.
“O mercado, agora, está diante de um momento delicado. O suporte técnico do Bitcoin segue sólido, e a demanda por ETFs permanece constante, o que reforça a estrutura da principal criptomoeda. Por outro lado, o aumento da alavancagem nas altcoins acende um sinal de alerta. Caso haja uma mudança repentina no cenário macroeconômico ou se os preços perderem fôlego, o risco de liquidações em série aumenta, o que pode provocar correções mais acentuadas em todo o mercado.”, apontou a análise.
Para onde vai o preço do Bitcoin
Já Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio, destaca que o gráfico de 4h, aponta que o preço do Bitcoin vem trabalhando em um range desde 15 de julho. Esse movimento cria liquidez tanto nas extremidades de cima do range, quanto nas extremidades de baixo.
Portanto, se houver rompimento do range para cima, os próximos alvos estão nas faixas de preços de US$ 121.480 e US$ 125.000. Se houver rompimento para baixo, haverá suporte nas regiões de liquidez dos US$ 112.000 a US$ 11.500.
Já para Felipe Mendes, CEO da consultoria em criptoativos Altside, o rompimento da barreira dos US$ 120 mil, pode ser o início de um novo ciclo.
Ele destaca que o aumento gradual no volume de transações e a valorização das altcoins refletem maior apetite por risco entre investidores. Além disso, a leve queda na dominância do Bitcoin sugere diversificação para outros ativos digitais. A liquidação de posições vendidas também contribuiu para a pressão compradora, sustentando o movimento de alta.
“Apesar da empolgação com as máximas históricas, a alta ainda carece de um gatilho macroeconômico claro. Parte dela pode estar ligada ao crescimento do M2 nos EUA, que historicamente antecipa ciclos de valorização do Bitcoin com certa defasagem. Se o padrão se repetir, podemos estar apenas no começo de um novo ciclo”, afirma.
Guilherme Prado, country manager da Bitget no Brasil, destaca que o mercado cripto se manteve resiliente durante o final de semana, com Bitcoin operando na faixa de US$118,7 mil a US$119,4 mil, consolidando acima de importantes suportes, enquanto o Ethereum voltou a ganhar protagonismo.
O Ethereum valorizou cerca de 60% nas últimas semanas, superando US$3,800, impulsionado por influxos expressivos em ETFs (US$2,4 bilhões na última semana), acumulação das baleias e forte demanda on-chain.
O par ETH/BTC rompeu a média de 200 dias, sinalizando tendência de outperformance - ou seja, uma performance superior - do ETH versus o BTC no curto prazo.
Segundo ele, o Bitcoin permanece com forte suporte institucional e hash rate recorde (955,75 EH/s), refletindo expansão global de operações de mineração, especialmente nos EUA e Ásia Central. Porém, ETFs de BTC registraram saídas, indicando rotação de capital para altcoins como ETH, BNB e outros tokens emergentes.
Do lado técnico, o Bitcoin demonstra Consolidação forte em US$119K. Índices e indicadores sugerem exaustão do ímpeto comprador, indicando potencial lateralização ou leve correção antes de novo rompimento.No cenário de curto prazo para o BTC, o ativo pode ter uma correção pequena, na faixa de US$116K–US$117K antes de um novo movimento. Rompendo US$120K com força e volume, abre-se espaço para ataque a máximas históricas até US$130K e, em caso de ciclo prolongado bullish, até US$140K–US$160K ainda em 2025.Altcoins vêm, no curto prazo, mostrando maior tração. Mesmo com o BTC dominando, altcoins podem oferecer melhor risco/retorno em fases de consolidação do Bitcoin.
Paulo Aragão, apresentador e fundador do podcast Giro Bitcoin, destaca que com o BTC ainda oscilando, o ETH se aproxima das máximas do ciclo de US$ 4 mil a US$ 4,1 mil e com uma resistência massiva.
“Superar isso daria início à verdadeira loucura deste ciclo.”, afirmou.
De acordo com Mike Ermolaev, analista e fundador da Outset PR, os otimistas em relação à volatilidade do Bitcoin podem em breve ter seu desejo atendido, pois os padrões sazonais no Índice de Volatilidade (VIX) da Cboe sugerem que Wall Street está pronta para uma turbulência maior.
“O esperado aumento de volatilidade em Wall Street pode ser marcado por uma queda no mercado de ações, o que pode se espalhar para o mercado de Bitcoin. O VIX, apelidado de Indicador do Medo, dispara quando os preços das ações caem e cai quando sobem. Os índices de volatilidade implícita do BTC desenvolveram uma forte correlação positiva com o VIX, sinalizando uma evolução constante para indicadores de medo semelhantes ao VIX. Desde novembro, os índices de volatilidade implícita de 30 dias do BTC caíram acentuadamente, encerrando a correlação positiva com o preço spot.
Portanto, o preço do Bitcoin em 29 de julho de 2025 é de R$ 663.873,53. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0015 BTC e R$ 1 compram 0,0000015 BTC.
As criptomoedas com maior alta no dia 29 de julho de 2025, são: Conflux (CFX), Tron (TRX) e Flare (FLR), com altas de 37%, 6% e 4% respectivamente.
Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 29 de julho de 2025, são: Worldcoin (WLD), Ethena (ENA) e Avalanche (AVAX), com quedas de -10%, -9% e -7% respectivamente.
O que é Bitcoin?
O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.
O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.
Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.
O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.
Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.
Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).
Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.
A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.
Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.
Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão.