Na manhã desta terça-feira (20), o mercado de criptmoedas operava a um market cap de 3,33 trilhões (+2,4%) com o Bitcoin (BTC) a US$ 105 mil (+2%) e 62,9% de dominância de mercado. Já as altcoins operavam em alta de até 40% em meio ao sentimento de ganância dos investidores (68%).

Os dados retornados pelas plataformas apontavam que a pressão vendedora de BTC no início da semana ocorreu pela realização de ganhos. Embora a retração do benchmark cripto tenha sucedido o rebaixamento das notas de crédito dos Estados Unidos pela Moody’s, de Aaa para Aa1. 

Segundo a agência, as taxas de juros pagas pelo governo para reter capital pode comprometer 9% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2035, em comparação com os 6,4% de 2024. A decisão da Moody’s coincidiu com mais um dia de alta nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA, os Treasuries. O que pode ter freado o desempenho do Bitcoin nas primeiras horas do dia anterior.

Por outro lado, notícias vindas da China também antecederam a reação do mercado cripto. Isso porque os dados divulgados pelo Escritório Nacional de Estatísticas do país asiático apontaram que a produção industrial demonstrou resiliência ao avançar 6,1% em abril em meio à guerra de tarifas com os EUA. Apesar disso, o percentual  recuou em relação aos 7,7% de março.

O rebaixamento da Moody’s e os dados chineses parecem ter sido bem digeridos pelo mercado acionário, porque que o S&P 500 e o Nasdaq, índices historicamente correlacionados ao desempenho do Bitcoin, avançaram a respectivos 5.963,60 (+0,088%) e 19.215,46 pontos (+0,023%).

Por sua vez, o Volatility Index (VIX), “índice do medo” calculado pela Bolsa de Valores de Chicago (CBOE) a partir do desempenho das empresas de capital aberto que compõem o S&P 500, encontrava-se avançado a 18,27 (+6%). O que parece não ter intimidado os investidores de fundos negociados em bolsa (ETFs) baseados em Bitcoin e Ethereum (ETH), que obtiveram respectivas volumes de entradas líquidas de 667,44 milhões e US$ 13,66 milhões, segundo dados da plataforma SoSoValue. 

O fluxo de capital para as altcoins caminhava em linha, movimento que era perceptível pela manutenção dos 25 pontos do índice altseason, que mede o nível de rotação de capital para os principais tokens em capitalização de mercado. Nesse grupo de tokens, o PYTH recuava a US$ 0,13 (-7,6%), o IP se retraía a US$ 4,54 (-5%), o LTC retornava a US$ 93,08 (-2,7%), o CRV avançava a US$ 0,71 (+9,3%), o KAS chegava a US$ 0,11 (+6,8%), o TAO era trocado por US$ 418,77 (+6,9%), o MKR se convertia em US$ 1.769,66 (+6,5%), o VIRTUAL chegava a US$ 1,91 (+5,4%) e o ENA era transferido por US$ 0,36 (+5,1%).

Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o AAVE era negociado por US$ 262,12 (+19,1%), o PENDLE era transferido por US$ 4,35 (+10,9%), o SYRUP chegava a US$ 0,36 (+13,3%), o KTA estava cotado a US$ 0,83 (+33,4%), o MASK representava US$ 1,77 (+18,3%), o CFG estava nivelado por US$ 0,22 (+22,5%), o WCT era transacionado por US$ 0,61 (+22,4%), o COQ se convertia em US$ 0,00000094 (+26,1%), o EWT representava US$ 1,60 (+16,1%) e o HOUSE atingia US$ 0,040 (+40,5%).

Entre as novas listagens em exchanges de criptomoedas estavam LAUNCHCOIN e SFP na BitMart, STAT na LBank, SAROS na Bubit Futuros, launchcoin na Bitrue, AGT na Binance Futuros, ICEBERG na MEXC, LABURU na Poloniex.

No dia anterior, a liquidação de traders de criptomoedas sobia 347% enquanto o Bitcoin derrapava à espera de catalisadores, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.