Resumo da notícia:
Bitcoin volta a sofrer banho de sangue com saída de capital líquido e cenário de medo extremo.
Capitulação pode levar a mais quedas, alerta especialista.
ETFs de Bitcoin e Ethereum também registram saídas líquidas, mas ETFs de Solana e XRP remam em direção contrária.
RSI continua indicando pressão de venda de criptomoedas.
O mercado de criptomoedas recuava a um market cap de US$ 3,11 trilhões (-4,1%) na manhã desta terça-feira (18), quando o Bitcoin (BTC) orbitava US$ 91,1 mil (-4,7%) com dominância a 58,3%, medo extremo dos investidores (15%) e a maioria das altcoins no vermelho.
O banho de sangue do Bitcoin, que chegou a testar um fundo intradiário em US$ 89,5 mil, ocorria na esteira da saída de líquidos US$ 140 bilhões em 24 horas, com aumento da aversão ao risco nos últimos dias. O que também foi sentido no dia anterior pelo encerramento do S&P 500 e do Nasdaq, em respectivos 6.672,41 (-0,92%) e 22.708,07 pontos (-0,84%).
No X, o especialista em criptomoedas Ted Pillows observou que o Bitcoin preencheu a lacuna formada no fim de semana com a Bolsa Mercantil de Chicago (CME) ao perder o suporte de US$ 90 mil, com chance de mais queda.
Na minha opinião, o Bitcoin pode varrer completamente essa zona de liquidez e formar um fundo local em torno dessa faixa. Isso não significa que uma correção de capitulação não vá acontecer, então esteja preparado para isso, alertou.
$BTC filled the CME gap and dumped below the $90,000 level.
— Ted (@TedPillows) November 18, 2025
The level I'm eyeing right now is $88,000-$90,000.
IMO, Bitcoin could fully sweep this liquidity zone and form a local bottom around this zone.
This doesn't mean a capitulation wick won't happen, so be prepared for… pic.twitter.com/AdzSgKLxPD
Pillows figurou esta semana entre os especialistas que apontaram formação de uma cruz da morte e de distribuição de Wyckoff do BTC, que refletia a narrativa pessimista dos últimos dias em torno do possível estouro da bolha da inteligência artificial (IA). Para os menos entusiasmados, a tecnologia demanda investimentos bilionários, em meio a especulações de baixos retornos.
No rol do esfriamento dos mercados, há desconfiança com a inflação, empregos e produção industrial nos Estados Unidos, já que os dados oficiais de setembro ainda não foram divulgados após o fim do shutdown (paralisação). Nesse caso, o ceticismo gira em torno de uma interrupção de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro.
O aumento da aversão ao arrisco, ao qual as criptomoedas são associadas, podia ser percebida ainda pelo VIX, “índice do medo” calculado pela Bolsa de Valores de Chicago (CBOE) a partir do desempenho das empresas de capital aberto que compõem o S&P 500, que se encontrava avançado a 23,04 pontos (+16,2%). Já os fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em Bitcoin e em Ethereum (ETH) registraram respectivas saídas líquidas de US$ 254,51 milhões e US$ 182,8 milhões. Enquanto isso, ETFs de Solana (SOL) e de XRP registraram respectivas entradas líquidas de US$ 8,26 milhões e US$ 25,41 milhões, segundo dados da SoSoValue.
O mapeamento da Coinglass do mercado de Futuros de criptomoedas apontava queda a US$ 139,74 bilhões (-1,8%) no Interesse Aberto e alta a US$ 390,15 bilhões (+32,8%) no volume de negociações. Já que a liquidação de traders alavancados de criptomoedas, mais de 189 mil nas últimas 24 horas, superava US$ 1,03 bilhão (+77%). Nesse caso, a desvantagem era dos touros, já que a liquidação de posições compradas (longs) era de US$ 725,85 milhões ante US$ 307,04 milhões em posições vendidas (shorts).
A 41,17 pontos, o índice de força relativa (RSI) médio das criptomoedas apontava neutralidade, mas com aumento da pressão de venda de criptomoedas ante o dia anterior. O mapa de calor também destacava diversos tokens nas zonas de forte compra ou sobrecompra e de forte venda ou sobrevenda. Na primeira faixa, mais sujeita à correção, estavam tokens como ASTER, HYPE, XPL, ZEN, MET, ICP, XMR, APT, FF, LIGHT, 1000RATS, NIL, SOLV, XAN, JST, 4, GRASS, KAIT, MINA, DUSK, CLO. No outro extremo, mais sujeito a reversão, estavam tokens como ALLO, SYRUP, SOPH, HIPPO, IP, SOON, AIA, JASMY, ORDER, TNSR, HEMI, SUPER, COOKIE.
O índice altseason, que se referencia pelas 100 maiores capitalizações de mercado, mantinha-se em 31 pontos. No grupo das mil maiores altcoins em market cap, o STRK derretia a US$ 0,18 (-15,7%), o ZEC se retraía a US$ 584,69 (-12,9%), o MNT era trocado por US$ 1,08 (-9,6%), o DASH correspondia a US$ 76,68 (-9,8%), o UNI valia US$ 7,28 (-9,2%), o PUMP retornava a US$ 0,0030 (-9,1%), o TEL era trocado de mãos por US$ 0,0061 (-8,3%), o ASTER era comprado por US$ 1,33 (+7,8%), o HYPE representava US$ 40,86 (+5,1%) e o XMR pareava US$ 410,81 (+2,5%).
Quanto às altas de dois dígitos percentuais, que se encontravam mais escassas, o ICP chegava a US$ 5,60 (+15,1%), o ORE se convertia em US$ 267,82 (+16,1%), o 4 representava US$ 0,048 (+14,9%), o FTN pareava US$ 1,99 (+13,7%), o APEPE era negociado por US$ 0,0000019 (+12,8%), o SUPRA se referenciava por US$ 0,0021 (+12,6%), o WKC respondia por US$ 0,00000011 (+12,4%) e o BEAT estava cotado a US$ 0,43 (+12,2%).
Entre as novas listagens em exchanges de criptomoedas estavam GAIB na Bitget, PIEVERSE na Bitget Futuros, ELIZAOS na Bitrue, HAIO na MEXC, COINDEPO na BitMart, BBO na LBank, KITE na Bitvavo, MET2 na Upbit, MET na Bithumb, LAZIO, ANKR, OXT, DODO e YFI na Biconomy.
No dia anterior, o mercado cripto enfrentou queda do Bitcoin e medo extremo das criptomoedas, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.