A ONG sem fins lucrativos Praia Bitcoin Brasil realizou uma ação inédita no país de distribuição de frações de Bitcoin (BTC) para alunos e professores da Escola Municipal de Jericoacoara, um dos mais famosos pontos turísticos do litoral do Ceará. A 1ª Ativação da Economia Circular Brasileira de Bitcoin ocorreu no último sábado, 13 e foi documentada em publicações no Twitter.

A ação foi viabilizada a partir de uma doação de 0,1 BTC da Bitcoin Beach de El Salvador para a ONG brasileira. Ao todo, foram distribuídas às crianças e professores 408 carteiras de papel contendo 1.000 satoshis, ou 0,00001000 BTC – algo em torno de R$ 1,20.

Apesar de se tratar de um valor simbólico, a iniciativa tinha um intuito educativo de apresentar o Bitcoin às novas gerações. As carteiras de papel contendo as frações de BTC eram parte de um "Kit Bitcoin" que trazia também uma camiseta, uma garrafa squeeze, um cofrinho de moedas e algumas informações básicas sobre a criptomoeda e a melhor forma de utilização da carteira.

A ONG optou pela distribuição dos satoshis através de uma carteira de papel para promover a inclusão e o acesso de todos os alunos e professores, visto que nem todos têm telefone celular ou acesso à internet em seus locais de residência.

Os kits foram distribuídos pelo músico e idealizador da Praia Bitcoin Brasil Fernando Motolese. Depois de receberem seus primeiros BTCs, os alunos da escola terão oportunidade de acumular mais satoshis em suas carteiras de papel ao tomarem parte em atividades voluntárias promovidas pela ONG.

Praia Bitcoin Brasil

A Praia Bitcoin Brasil nasceu em outubro do ano passado tendo como inspiração a experiência de El Zonte, em El Salvador, hoje mundialmente conhecida como "Bitcoin Beach".

A ONG foi criada como uma iniciativa de inclusão financeira que visa criar uma economia circular baseada exclusivamente no Bitcoin, já que a maioria dos moradores de Jericoacoara não tem acesso a serviços bancários.

A Bitcoin Beach Brasil conta com o suporte de Lucas Ferreira, desenvolvedor brasileiro do Lightning Labs, empresa responsável pela Lightning Network, solução de segunda camada do Bitcoin que viabiliza pagamentos e microtransações a custos mínimos.

Antes mesmo de o projeto ser lançado, a Praia Bitcoin Brasil conseguiu a adesão de 48 estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços, que passaram a aceitar Bitcoin por meio de uma integração com carteiras vinculadas à Lightning Network.

Conforme noticiou o Cointelegraph Brasil recentemente, Lucas Ferreira também é um dos idealizadores do primeiro centro de pesquisa e desenvolvimento de Bitcoin no Brasil, que acaba de ser inaugurado.

LEIA MAIS