Um juiz federal aceitou a confissão de culpa do fundador da Binance, Changpeng "CZ" Zhao, por lavagem de dinheiro, mas ainda não decidiu se ele poderá deixar os Estados Unidos antes da divulgação da sentença, em audiência marcada para fevereiro.

Em um processo apresentado em 6 de dezembro ao Tribunal Distrital de Seattle, o juiz Richard Jones disse que aceitou a confissão de culpa de Zhao em relação à acusação de violação da Lei de Sigilo Bancário dos EUA, que o fundador da Binance apresentou há mais de duas semanas, em 21 de novembro, juntamente com o acordo de US$ 4,3 bilhões da exchange com as agências federais dos Estados Unidos.

Parte do acordo obrigou Zhao a deixar o cargo de CEO da Binance e a pagar uma multa de US$ 150 milhões aos reguladores.

"Este Tribunal, tendo considerado o Relatório e Recomendação do Juiz Magistrado dos Estados Unidos, ao qual não houve objeção oportuna [...] aceita a confissão de culpa do réu", escreveu o juiz Jones. "O réu é considerado culpado por tal delito."

A aceitação da confissão do juiz Jones termina ordenando que Zhao compareça à audiência em que será sentenciado em fevereiro. Fonte: PACER

Zhao deverá ser condenado em 23 de fevereiro de 2024 e poderá pegar até 18 meses de prisão. Atualmente, ele foi liberado sob uma fiança de US$ 175 milhões, que lhe permitiria retornar aos Emirados Árabes Unidos, onde reside.

No entanto, os promotores federais se opuseram a permitir que Zhao deixasse os EUA, dizendo que "não seriam capazes de garantir seu retorno" se ele decidisse não voltar para receber a sua sentença, já que os Emirados Árabes Unidos não têm tratado de extradição e Zhao poderia viver no país do Oriente Médio indefinidamente com a riqueza que possui.

"Ele tem três filhos pequenos e uma companheira nos Emirados Árabes Unidos; uma vez nos Emirados Árabes Unidos e diante da perspectiva de viajar de volta aos Estados Unidos para enfrentar até 18 meses de prisão, ele pode optar por simplesmente ficar nos Emirados Árabes Unidos com sua família", disseram os promotores.

Zhao se opôs à proibição da viagem, dizendo que "não há risco de fuga." Ele argumentoy que assumiu a responsabilidade por suas ações ao voar dos Emirados Árabes Unidos para os Estados Unidos.

Em 27 de novembro, o juiz Jones ordenou que Zhao não tivesse permissão para viajar aos Emirados Árabes Unidos até que um tribunal proferisse uma decisão sobre uma moção de revisão do governo dos EUA.

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