A Binance anunciou nesta sexta-feira, 23, que o executivo Guilherme Nazar está atuando desde setembro como o novo diretor-geral da exchange no Brasil

Formado em administração de empresas pela Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo, Nazar ocupou cargos de liderança em grandes empresas do setor de tecnologia, incluindo a Loft e a Uber, antes de se juntar à equipe da Binance em setembro. No cargo de diretor-geral, o executivo tem a missão de acelerar a adoção das criptomoedas e da tecnologia blockchain no Brasil.

Depois de passar por um período de assimilação da cultura e dos processos empresariais da exchange, ele assume o cargo de diretor-geral com a missão de acelerar a adoção das criptomoedas e da tecnologia blockchain no Brasil.

Nazar vai promover a inovação através do desenvolvimento de novos negócios e de parcerias estratégicas, tendo os clientes da exchange e a conformidade com o novo marco regulatório sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) como as prioridades de sua gestão.

No comunicado divulgado à imprensa, Nazar destacou o papel que a Binance pretende exercer para impulsionar ainda mais o ecossistema de criptomoedas no Brasil como um dos países líderes do espaço América Latina:

"A Binance trabalha de forma colaborativa em todos os mercados em que atuamos para que vejamos as criptomoedas e a tecnologia blockchain se popularizando e melhorando a vida de milhões de pessoas. O Brasil é um dos dez maiores mercados para a Binance, e construir equipes dedicadas nos permite fornecer mais e melhores serviços personalizados para nossos usuários locais. Continuaremos a investir e contribuir para o desenvolvimento do ecossistema de blockchain e cripto no país".

Antes de ser contratado pela Binance, Nazar ocupava o cargo de vice-presidente e diretor geral na Loft, empresa de tecnologia voltada para o setor imobiliário. Antes, atuando como chefe de operação da Uber no Brasil, o executivo foi um dos responsáveis por estabelecer e expandir a estrutura e as operações da empresa em sua chegada ao mercado local.

A Binance e o Brasil

O anúncio do novo diretor-geral reforça a presença e a integração da Binance ao ecossistema brasileiro de criptomoedas. No ano passado, o CEO da exchange, Changpeng "CZ" Zhao, esteve no Brasil em algumas ocasiões para reunir-se com políticos e reguladores.

Em março, a empresa deu início ao processo de aquisição da Sim;paul, uma corretora local devidamente licenciada pelo Banco Central e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Com isso, a Binance buscou antecipar-se à determinação de que as plataformas de negociação de criptomoedas em operação no mercado local obrigatoriamente devem ter uma sede no país. A exigência consta no marco regulatório aprovado no final deste ano e recém sancionado pelo Presidente da República. A partir da sanção, as empresas em operação no Brasil têm 180 dias para se adequar as novas regras. A conclusão do negócio envolvendo a Sim;paul ainda está sob análise do Banco Central.

Em outubro, a Binance abriu oficialmente escritórios no Rio de Janeiro e em São Paulo para servirem de centros operacionais para os 150 funcionários e colaboradores da exchange no país.

Além disso, em setembro a Binance anunciou a criação de um Conselho Consultivo composto por personalidades globais com experiência em políticas públicas, governo, finanças, economia e governança corporativa.

O ex-ministro da Fazenda e presidente do Banco Central do Brasil, Henrique Meirelles, foi convidado e aceitou fazer parte do conselho. Entre outras coisas, o novo conselho buscará um diálogo direto com reguladores de diferentes jurisdições, de forma a estabelecer diretrizes que contribuam para o melhor funcionamento e a expansão dos mercados de criptomoedas.

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