A semana foi de turbilhão para o mercado de criptomoedas e especialmente para o mercado financeiro, que foi envolvido em uma enorme polêmica depois que um fórum de day traders no Reddit fez ações dispararem, começando pela rede varejista de videogames GameStop.

As ações do fórum WallStreetBets fez com que diversas ações se valorizassem exponencialmente, chegando a valores absurdos em poucos dias e gerando uma reação institucional, com grandes instituições furiosas e plataformas de investimentos para pessoas físicas bloqueando negociações.

O grupo parece também ter influenciado criptomoedas, levando o Dogecoin inesperadamente a uma valorização de mais de 400% nesta semana.

O governo recém-empossado dos Estados Unidos chegou a declarar que está investigando o caso assim como a SEC, e a Comissão de Valores Mobiliários do Brasil disse que a prática pode ser considerada crime no país.

Bitcoin estava calmo... até chegar Elon Musk

Para além da confusão financeira da semana, o Bitcoin permaneceu lateral durante a maior parte dos últimos sete dias, entre os US$ 30.000 e 32.000. Porém, nesta sexta-feira o bilionário da Tesla, Elon Musk, atualizou sua bio no Twitter com apenas uma hashtag: #Bitcoin.

Foi o suficiente para a comunidade cripto entrar em festa e levar a maior criptomoeda até os US$ 38.000 como máxima do dia.

Já o Ether teve semana de boa volatilidade, saindo de uma mínima de US$ 1.200 na última sexta-feira para bater uma máxima histórica de US$ 1.450 antes de corrigir. Nesta sexta, a moeda superou novamente os US$ 1.400 e logo enfrentou nova correção. A alta da moeda anima os investidores, e o CEO da exchange brasileira Brasil Bitcoin disse que este é um "bom momento para comprar" o ETH.

Várias grandes instituições seguem aportando dinheiro no Bitcoin, enquanto grandes universidades revelaram que compram BTC desde 2019 e grandes gestores têm elogiado a moeda como uma "grande invenção".

Bolha financeira prestes a estourar

Na matéria mais lida do Cointelegraph nesta semana, a Organização das Nações Unidas emitiu um alerta de que a imensa impressão de dinheiro pelos países na pandemia, com US$ 12,7 trilhões criados "do nada", formaram uma bolha financeira que está prestes a estourar.

A ONU não está sozinha na análise. O prestigiado banco Bank of America também lançou um alerta de que as políticas governamentais adotadas desde o começo da pandemia vão fazer a bolha das ações estourar em breve.

No Brasil, o Banco Central e as instituições financeiras vivem dias de expectativa, já que o open banking começa a sua Fase 1 já na próxima segunda-feira, 1 de fevereiro.

Enquanto isso, o deputado Áureo Ribeiro disse nesta semana que a regulação de criptomoedas no país deve avançar em 2021. Já o BTG Pactual entrou com um pedido de sandbox na CVM para testar a tokenização de ativos.

Entre outras notícias relevantes, quase R$ 2 bilhões de prêmios da Mega Sena nos últimos anos nunca foram reclamados pelos vencedores.

A Binance, maior exchange do mundo, também lançou nesta semana a compra de criptomoedas usando cartões de crédito no Brasil e lançou um par do real contra o Litecoin. Já a stablecoin mais negociada do Brasil, o BRZ, anunciou integração com a blockchain Solana.

Na periferia do Brasil, mineradores clandestinos tem usado o famoso "gato" de energia para minerar BTC e ETH.

Como nem tudo são boas notícias, um investidor não se mostrou nada satisfeito depois de pagar R$ 834 por uma transação de Ethereum através da exchange brasileira Foxbit. 

Finalmente, a Polícia Federal está negociando com a Mercado Bitcoin a venda de Bitcoins apreendidos na Operação Madoff, que desmontou uma pirâmide de criptomoedas no país. 

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