A startup brasileira de comércio exterior Kestraa está desenvolvendo o uso da tecnologia blockchain para levar o setor - e seus clientes, como Ambev, Leroy Merlin e eVino - "ao futuro", segundo uma matéria do portal Terra.
A Kestra é uma das raras startups do Brasil que são comandadas por mulheres: a presidente executiva é Isabel Nasser, que quer desenvolver um setor "pouco habitado por mulheres" - como publicou o Mapeamento de Comunidades 2020 da Associação Brasileira de Startups, apenas 15% do setor de startups são fundadas por mulheres e 26% delas sequer têm pelo o menos uma delas em suas equipes. Ela diz:
"Eu não gosto de ficar presa no discurso, mas já ouvi de muitas meninas que eu entrevisto que é legal estar numa startup comandada por uma mulher. Acho bacana também."
Nasser é presidente executiva da Kestraa desde 2016 e desde então tenta aplicar tecnologias disruptivas para resolver os problemas relacionados ao comércio exterior e levar o setor "ao futuro":
"Fazer comércio exterior hoje é como ir no banco nos anos 1980: um processo cheio de filas, esperas, planilhas e comunicações analógicas. E não tem porque ser tão sofrido: a gente montou uma startup para trazer o setor para 2030."
Entre as inovações, a Kestraa usa big data e machine learning para analisar fretes e preços no mercado internacional e ajudar as empresas a economizarem, além de estar desenvolvendo o uso de blockchain para confiança nas cadeias de suprimento.
Hoje, a empresa tem 40 clientes em sua carteira, além de um programa de assinaturas progressivas que ajuda no faturamento da startup.
A Kestraa recebeu um aporte de R$ 15 milhões em agosto, em rodada de investimentos liderada pelo fundo Canary e outros investidores-anjo, e deve usar este montante para investir na ampliação da equipe de funcionários e na captação de clientes.
Isabel Nascer ainda diz que a ampliação da equipe (de 30 funcionários em agosto para até 70 no fim do ano) e capacitação do setor de vendas agora devem ser o principal objetivo no curto prazo:
"Estamos no segundo estirão de crescimento, vivendo as dores disso. Até hoje, quem vendeu a Kestraa fui eu, agora é hora de profissionalizar o time de vendas"
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