Um relatório publicado pelo escritor Stephen Perrenod listou os 50 principais grupos de mineração de criptomoedas do mundo com base na quantidade de moedas mineradas e afirma que 70% da mineração mundial se concentra em três países: China, Hong Kong e EUA.
Os dados do pesquisador também podem revelar os níveis de envolvimento de países que investiram pesadamente em tecnologia de criptomoedas e blockchain.
As redes de criptomoedas que funcionam através da "prova de trabalho" (ou "proof of work") são mantidas por um conjunto de mineradores - pessoas ou grupo de pessoas que cedem seu poder computacional para organizar as transações em um bloco que será validado pelos nós.
Quando um bloco é validado pelos nós o bloco é incluído na blockchain e os mineradores recebem a recompensa.
Países como China, EUA e Rússia têm competido para sediar os maiores reservatórios de mineração de criptomoedas do mundo e ganhar as recompensas de bloco correspondentes.
O fator determinante neste mercado é o custo da energia de cada região em que a mineradora é localizada.
Diz o relatório:
"As 10 principais moedas mineradas têm valor de mercado acima de US$ 0,5 bilhão, e a moeda número 1, Bitcoin, a partir de nossa captura instantânea realizada em 30 de maio de 2019, teve um valor de mercado de US$ 154 bilhões."
Os dados do relatório sugerem uma taxa de execução de valor econômico anual total de US$ 8,6 bilhões, com o Bitcoin sendo responsável por 2/3 do valor econômico criado.
Além disso, a mineração global por dia chega a US$ 24 milhões, com a Ethereum contribuindo com quase US$ 4 milhões deste total.
De acordo com o relatório, a China, os EUA e Hong Kong são responsáveis por 70% dos 50 principais reservatórios de mineração do mundo.
E enquanto a China é atualmente responsável por quase a metade do valor anual produzido, medidas recentes do governo chinês podem abrir espaço para novos grandes participantes.
Um dos principais motivos que faz com que a China fique à frente da curva é a maior pool de mineração do mundo, a BTC.com - que produz um valor econômico de US$ 3 milhões por dia.
Embora os reservatórios chineses estejam dominando o ranking, a queda da indústria de mineração chinesa inevitavelmente colocará os EUA na fronteira das operações de mineração.
No entanto, alguns especialistas especulam que a redução de players globais como a China pode levar à uma maior centralização da mineração de criptomoedas, o que pode levar à manipulação das taxas de transação.
O relatório foi publicado na mesma semana que o Hashrate (quantidade de poder computacional dedicado a rede do Bitcoin) atingiu a maior alta de todos os tempos.
Isso mostra que a rede está cada vez mais segura e robusta. Quanto maior poder computacional dedicado à rede, mais protegida contra ataques ela fica.
A corrida para conseguir uma maior fatia do hashrate do Bitcoin parece não ter fim. Conforme reportado anteriormente pelo Cointelegraph, a polícia chinesa está investigando um caso de roubo de energia para mineração de Bitcoin.