Os desdobramentos da crise de liquidez da FTX que abalou o mercado de criptomoedas, pode, em breve, chegar ao Brasil já que algumas empresa nacionais possuem exposição em FTT e na exchange. As informações foram revelada pelo perfil @misescapital no Twitter.
O perfil usou documentos enviados pelas empresas nacionais para a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e que apontam participação da Giant Steps com posições na FTX e FTT. Como os documentos da CVM não são 'on time' não é possíve saber se a empresa já se desfez de suas participações ou se ela ainda contam com os ativos.
Outra empresa nacional que pode ser atingida pela crise na FTX é a Transfero que desde 2020 tem a Alameda Research como um de seus investidores e provedores de solução de infra estratura.
Em nota encaminhada ao Cointelegraph a Transfero afirmou que não possui exposição relevante à referida exchange, pois mantém sua custódia de ativos digitais junto à Fireblocks.
"Além disso, a Transfero é emissora do token BRZ (token este negociado na plataforma da corretora), o que torna a FTX credora em relação à Transfero. Apesar dos impactos macro no mercado de cripto, as atividades da nossa empresa se mantém normalizadas. Estamos à disposição de nossos clientes sempre que precisarem", disse Carlos Eduardo Franco Russo, CFO da Transfero
Giant Steps e Titanium Asset com posições na FTX e FTT, será que aumentaram ou conseguiram sair?
— Mises Capital 🔑 (@misescapital) November 9, 2022
FTX colocando fogo no parquinho tupiniquim. 🔥🔥🔥
Hashdex e BLP utilizam estrutura offshore então não da pra saber.
QR não possui nada na FTX. $BTC pic.twitter.com/UVu3KvKnIb
FTX pode ir à falência
Como noticiou o Cointelegraph mais cedo, a intenção da Binance em comprar a FTX está em baixa e informações de uma fonte não identificada, destacam ser “pouquíssimo provável” que a Binance complete a operação de aquisição. A fonte afirmou que uma primeira olhada nos balanços da FTX já teria sido suficiente para a Binance desistir do acordo.
Ao anunciar a possível aquisição na terça-feira (8), Changpeng Zhao (CZ), CEO da Binance, deixou claro que a carta de intenção não obrigava a Binance a completar a operação. Um processo de diligência seria conduzido, com o intuito de entender a real situação da FTX.
A situação de incerteza no mercado se agravou após a possível desistência da Binance do acordo. Na última hora, o Bitcoin (BTC) opera com queda de 3,6%. A criptomoeda Solana (SOL) exibe a queda mais brusca dentre os 20 maiores criptoativos em valor de mercado, operando com 46,1% negativos nas últimas 24 horas. Binance Coin (BNB) e Ethereum (ETH) também estão em baixa junto com o FTT da FTX que amarga uma baixa de 48% retrocendo para US$ 3 (o token era negociado em US$ 22 no final de semana).
José Artur Ribeiro, CEO da Coinext, afirmou ao Cointelegraph que a crise da FTX é mais um capítulo do momento complicado para as criptomoedas neste ano. Segundo ele, movimentos como estes impactam diretamente o sentimento de investidores sobre as criptomoedas.
Desse modo, a liquidação de criptos é uma resposta direta desses acontecimentos, visto que o receio sobre mais um colapso de outra grande empresa cripto toma conta de investidores. Além disso, como muitos estão sacando seus valores da FTX, temos uma redução significativa no valor de mercado conjunto das criptomoedas.
"Porém, esse movimento não deve ser permanente. Existem grandes oportunidades nesses momentos, sobretudo quando olhamos para criptomoedas mais consolidadas como o Bitcoin. O BTC acompanhou o mercado cripto como um todo, mas, está livre de um possível colapso, receio de quem investe em FTT, token da FTX. É possível que nos próximos dias, o Bitcoin volte ao patamar que acompanhamos nas últimas semanas, deixando esse acontecimento para trás e voltando a se preocupar com o cenário econômico internacional.”, afirmo.
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