A Atlas Quantum, empresa que afirma realizar arbitragem de Bitcoin e que está com saques atrasados desde que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), emitiu um alerta sobre atividades da empresa de investimento coletivo, estaria com o 13º salário dos funcionários na ativa atrasados, segundo revelou um empregado da empresa ao Cointelegraph.

Em busca de amenizar o efeito de uma suposta falta de recursos, a Atlas estaria vendendo até mesmo cadeiras e materiais de escritório da empresa. Segundo a fonte a venda seria de itens dos andares devolvidos pela empresa. A vende de móveis da companhia foi confirmada pelo CEO da empresa, Rodrigo Marques, em uma reunião com funcionários antes mesmo da demissão ocorrida em novembro.

As medidas tomadas pela Atlas, segundo a fonte, buscam fazer a empresa 'respirar' para o lançamento do Projeto Fênix, em 2020, que, segundo Marques, deve recuperar a empresa e possibilitar o pagamento dos valores bloqueados. Contudo, segundo teria dito a um grupo de investidores da Atlas, a previsão de recuperação e cumprimento dos saques pode demorar até 7 anos.

Segundo revelou o funcionário a crise na Atlas vem se agravando dia-a-dia e além da entrega dos andares no prédio na Alameda Santos, projetos que vinham sendo tocados com apoio da empresa, como o 4Cadia, não estão recebendo mais recursos o que teria levado os organizadores do projeto a buscar 'alternativas' para manter as coisas funcionando, entre elas, a prestação de possíveis serviços de consultoria.

Ao Cointelegraph, o funcionário revelou que há rumores de que todas as contas da Atlas Quantum nas exchanges não estariam registradas no nome da empresa mas em contas pessoa física e que, pouco tempo antes da CVM emitir a declaração, houve uma tentativa de transferência destes valores para outras contas, o que teria ocasionado o suposto bloqueio nas exchanges.

O ex-diretor da Atlas, Thiago Lavorato, que seria amigo de infância de Rodrigo Maques, seria o responsável pela gestão das contas nas exchanges e teria realizado a transferência como forma de 'contornar' um outro suposto problema que seria um limite operacional das contas 'não verificadas' que estavam registradas em pessoas físicas. Contudo não foi possível verificar esta informação de forma independente.

A Atlas Quantum não confirmou oficialmente nenhuma das informações.

Como noticiou o Cointelegraph, a Atlas teria revelado que somente é possível recuperar a empresa e cumprir as solicitações de saques de Bitcoin com a entrada de 'dinheiro novo' no "Projeto Fênix" no qual, a pretende constituir uma nova holding que seria responsável por honrar os saques dos clientes e que teria novas opções de investimento com contratos diferenciados.

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