Praticamente considerado um ponto pacífico entre a maioria dos analistas, a reunião desta semana do comitê de política monetária (Fomc), braço executivo do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, não era antecedida de medo extremo no mercado de criptomoedas nas primeiras horas desta segunda-feira (31), quando a capitalização total era de US$ 1,03 trilhão, montante que apresentava alta de 0,77%. Isso porque as apostas são de que o presidente do Fed, Jerome Powell, o homem que pode fazer as criptomoedas dispararem, sinalize que a ofensiva da instituição financeira para conter a inflação por meio da elevação de taxa de juros possa começar a perder força em dezembro.

O que parecia ser a preparação para um rali de curto prazo também era percebido pela precificação do Bitcoin (BTC), negociado por quase US$ 20,8 mil, com alta de 0,4% e 38,7% de dominância de mercado. Foi neste ambiente que Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente eleito do Brasil no último domingo com 60.345.999 votos (50,90% dos votos válidos) proferiu suas primeiras palavras, minutos após a decretação de vitória pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

“A roda da economia vai voltar a girar para todos”, disse o petista. 

Segundo alguns analistas, a inflação mundial, que tem forçado os bancos centrais a elevar suas taxas de juros impactando negativamente o preço do Bitcoin e da ampla maioria das altcoins, pode fazer Lula desatrelar do dólar americano a política de preços do petróleo produzido pela Petrobrás. O que reduziria a inflação no país no curto prazo, embora possa ocasionar a perda de valor de mercado das ações da empresa estatal de economia mista brasileira. 

Não está clara a política a ser adotada por Lula em relação a uma possível aprovação do marco regulatório das criptomoedas, já que, em tese, o Banco Central (BC), em caso de ser o normatizador do setor, não pode sofrer influência direta do novo comandante do Executivo nacional. 

Embora os riscos de recessão para o próximo ano continuem prevalecendo, algumas das principais altcoins por capitalização de mercado expressavam alta acima da média. Entre elas o BNB, trovado de mãos por US$ 329 (+5,56%), o SOL, cotado a US$ 34,27 (+5%), o ATOM, avaliado a US$ 14,30 (+4,70%), o LINK, transacionado a US$ 8,15 (+7,47%), e o ALGO, nivelado em US$ 0,36 (5,88%).

Passada a eleição presidencial brasileira e a “menos temida” reunião do Fomc, a proximidade do pontapé inicial da Copa do Mundo do Catar parece ter voltado a impactar positivamente o preço do fan tokens, especialmente os criptoativos ligados ao futebol. Tanto que o CHZ estava precificado pouco acima de US$ 0,22 (+15,43%), o LAZIO era comprado por US$ 4,64 (+19,76%), o PORTO era transacionado a US$ 4,47 (+11,86%), e o BFT equivalia a 0,98 (+5,06%).

Na última sexta-feira (28), após a divulgação do PIB dos EUA mostrando que a economia ainda apresentava sinais de aquecimento, a expectativa de alta de juros pelo Fed pressionou o Bitcoin, mas uma revelação do Banco Mundial parecia favorecer as criptomoedas, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

LEIA MAIS: