Apesar do frenesi causado no mercado nos últimos meses, a inteligência artificial (IA), elencada no rol de narrativas pessimistas em janeiro durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), como possível causadora de 40% de taxa de desemprego no futuro, continua despertando nos especialistas o discurso em defesa da regulamentação da tecnologia, cujos riscos não se resumem ao mercado de trabalho.

Ao abordar o assunto em um artigo recente, a advogada e entusiasta de inovação Gabrielle Ribon considerou que os estudos recentes evidenciam “a importância da implementação de políticas e regulamentações que diminuam os impactos do desemprego causado pelo uso de novas tecnologias disruptivas”, como a IA e a blockchain.

“É necessário que as próximas reuniões nos Alpes suíços tratem da relevância dessas novas políticas, incentivando governos e instituições a arquitetarem juntos os novos paradigmas dos empregos do futuro e a segurança de seus trabalhadores humanos”, concluiu.

A procupação da especialista em Creative Technologies pela Miami Ad School e titulada LL.M em Direito Tributário pelo Insper encontra lastro em um comunicado feito esta semana pela montadora alemã Volkswagen, que anunciou o lançamento de uma nova empresa de IA para construir protótipos de tecnologia de veículos, chamada de "AI Lab".

Por outro lado, tecnologias com a IA também favorecem a abertura de dezenas de postos de trabalho em empresas como fintechs focadas em pagamentos digitais e startups, em formados home office, híbrido e presencial, em diversas áreas. 

Stefanini

A multinacional brasileira focada em consultoria e assessoria em tecnologia e inteligência artificial estava com dezenas de vagas para áreas diversas em sua página de carreiras na plataforma de recrutamento Gupy. As oportunidades, de distribuíam pelos formatos home office, híbrido e presencial, para diversas cidades. Entre os profissionais requisitados pela empresa, estavam: administrador(a) de banco de dados; administradores de servidores; agile coach; analista de compras; analista de bandeiras; analista de infraestrutura Clould pleno.

WEpayments

A fintech brasileira focada em pagamentos WEpayments abriu recentemente um processo seletivo para preencher 10 vagas home office em regime CLT. Entre os benefícios oferecidos, a empresa sediada em Curitiba (PR) oferece planos de saúde e odontológico, seguro de vida, vale-refeição, auxílio-creche e participação nos resultados (PPR). Entre os profissionais recrutados estavam: gerente comercial sênior. Analista de recrutamento e seleção sênior; gerente de tecnologia (desenvolvimento); especialista em compliance e PLD; pessoa desenvolvedora de back-end sênior. Os interessados devem preencher o formulário da Wepayments.

PayRetailers

A fintech espanhola de pagamentos PayRetailers, que possui nove escritórios em países da América Latina, estava com cinco vagas para trabalho híbrido em São Paulo disponibilizadas na página da empresa na plataforma de recursos humanos Bamboohr: oficial de monitoramento de transações (com fluência em espanhol); diretor(a) de TI; oficial de segurança da informação; especialista em propriedade do produto; chefe de vendas.

No rol dos efeitos colaterais causados pela tecnologia no mercado de trabalho, a Polygon Labs anunciou esta semana a demissão de 60 funcionários, 19% da equipe, conforme noticiou o Cointelegraph.