Após uma semana de alta volatilidade para o Bitcoin (BTC), na qual a criptomoeda registrou mais de 18% de alta, acumulando mais de 42% de valorização no mês e chegando a marca de US$ 64 mil, o preço agora exibe indícios de estabilização, apresentando uma tendência de movimentação lateralizada.

Segundo uma análise da Mynt compartilhada com o Cointelegraph, atualmente, observa-se que a movimentação lateral tem como extremos as faixas de preço de US$ 51.000 e US$ 52.400.

"Um aspecto relevante a ser considerado é que a amplitude deste range, aproximadamente 1.400 dólares, é significativamente maior do que as faixas de movimentação lateral anteriormente observadas no BTC. Uma potencial explicação para esse fenômeno pode ser atribuída ao crescimento no volume transacionado. À medida que mais capital é introduzido no mercado, seja através da entrada de novos investidores ou do aumento de posições por parte dos investidores, a volatilidade é propensa a aumentar", destacou.

Segundo a Mynt, examinando o volume negociado no mercado, especialmente tratando-se dos ETFs spot de Bitcoin, observa-se um aumento significativo nas últimas semanas.

Comparando com o início do mês, quando o volume médio negociado estava na casa de US$ 1 bilhão, nos últimos dias, o volume de negociações superou a marca de dois bilhões de dólares, evidenciando uma fase de maior dinamismo e ânimo por parte dos investidores.

"Aliando esse aumento de volume à tendência ascendente dos inflows nos ETFs, que registram quase US$ 1 bilhão desde a última quinta-feira, dia 15, temos um cenário de fortes pressões compradoras para o BTC, fazendo com que a possibilidade de continuação da trajetória de valorização da criptomoeda seja elevada. Conforme as orientações da análise técnica, não é aconselhável que operações sejam executadas enquanto os preços estão posicionados no meio de uma lateralização", afirma.

A empresa destaca que uma possível oportunidade de compra emergiria no caso de um reteste do BTC no suporte de US$ 51.000, limite inferior do range, oferecendo uma potencial compra com 2,77% de retorno rumo ao alvo de US$ 52.400, limite superior do range.

5 melhores criptomoedas para comprar

Diante deste cenário e com a aproximação do halving do Bitcoin, que acontece em abril e reduz a quantidade de moedas emitidas, valorizando historicamente o mercado cripto como um todo, o mês de março promete ser movimentado e uma análise da Coinext apontou as 5 melhores criptomoedas para comprar no período, confira.

1. Bitcoin (BTC): A líder do mercado, o Bitcoin, destaca-se por sua natureza descentralizada, adoção crescente, liquidez global e limitação a 21 milhões de moedas, garantindo seu valor deflacionário. Com a proximidade do halving, que historicamente impulsiona seu valor, e a valorização de 45% em fevereiro, o BTC é essencial para investidores buscando uma reserva de valor robusta. 

A crescente injeção de liquidez via ETFs e o aumento constante de compras do ativo por parte de investidores, identificado em análises on-chain, são alguns dos motivos pelos quais a moeda pode ter bons resultados em março, apesar de uma correção esperada após a forte subida de fevereiro.

Vale destacar ainda que indicadores de inflação alta persistente em diversos países, incluindo os EUA, além de dados econômicos fracos, como a recessão no Japão, podem gerar uma busca maior pelo Bitcoin como forma de proteção às políticas monetárias de bancos centrais. 

Para março, a partir de análise técnica do time de research da Coinext, temos resistências de preço do Bitcoin em US$ 65.059 e US$ 67.105, dois pontos importantes antes de alcançar a máxima histórica de US$ 69.000. Por outro lado, temos suportes em US$ 58.200 e US$ 55.505. 

2. Ethereum (ETH): Como a segunda maior criptomoeda, o Ethereum é reconhecido por sua plataforma descentralizada que suporta contratos inteligentes e DApps, diferenciando-se pelo foco em aplicações práticas além de transações financeiras.

Com um ganho de 97% no último ano e constantes atualizações, como a transição para Proof of Stake (PoS) com o Ethereum 2.0, o ETH promete retornos atraentes, especialmente com a possível aprovação de um ETF próprio - que teve decisão adiada pelos órgãos reguladores dos EUA.

Além disso, a chegada de uma “altseason” (temporada de valorização e maior adoção de altcoins) e o recente boom de projetos descentralizados em diversos setores, como inteligência artificial, RWA (ativos do mundo real) e DePIN (infraestrutura física descentralizada), podem também ajudar a impulsionar a ETH, já que sua blockchain é a primeira camada para diversos desses projetos.

3. Maker (MKR): O token de governança da Maker permite a criação da stablecoin DAI, oferecendo estabilidade financeira no volátil mercado de criptomoedas. Com o crescente uso de stablecoins lastreadas em dólar, como a DAI, a demanda por MKR tende a aumentar, posicionando o ativo como uma aposta sólida para diversificação de portfólio.

Nos últimos meses, a MKR tem apresentado resultados positivos constantes e está entre os projetos com maior Valor Total Bloqueado (TLV), um indicador on-chain que ajuda a entender a demanda por uma blockchain e, consequentemente, seu potencial de valorização. O MKR teve uma valorização anual de 183% e está sendo escolhido mensalmente, pelos algorítimos da Carteira Inteligente da Coinext em parceria com a QINV, para compor o portfólio. 

4. Solana (SOL): Solana se destaca por sua infraestrutura de alta velocidade e baixa latência, concorrendo diretamente com o Ethereum em termos de escalabilidade. Após uma valorização de 814% em 2023, recuperando-se após a quebra da FTX, e diversas atualizações do projeto,  que incluem até o lançamento de um celular próprio, a Solana promete mais inovações e valorização em 2024, tornando-a uma escolha promissora para investidores que buscam soluções de primeira camada (layer 1) alternativas à Ethereum.

5. Fetch.ai (FET): A Fetch.ai mescla inteligência artificial (IA) com blockchain para estabelecer uma economia descentralizada, permitindo que dispositivos autônomos executem transações e comunicações independentemente. Seu potencial brilha na otimização de redes de dados e na automação de processos via agentes autônomos inteligentes, ampliando a eficiência em setores variados como logística e finanças.

Com a IA em voga, especialmente após avanços significativos e ganhos expressivos de empresas líderes no setor, como demonstrado pela NVIDIA, o FET se destaca como a criptomoeda melhor posicionada atualmente na categoria de IA e, por isso, tem grande potencial de crescimento para março de 2024.