O mercado de criptomoedas movimentava US$ 2,11 trilhões (-0,2%) na manhã desta quinta-feira (29), variação de volume discreta em relação ao dia anterior. Caso também do Bitcoin (BTC), que era transacionado em torno de US$ 59,8 mil (-0,3%) com recuo semanal de 2%, dominância de mercado a 56,1%, sentimento dos investidores em zona neutra (46%) e a maior parte das principais altcoins em capitalização de mercado recuadas, apesar da alta de até 880% de alguns tokens.

O comportamento dos preços acompanhava índices aos quais as criptomoedas historicamente se correlaciona, o S&P 500 e Nasdaq, encerrados respectivamente em 5.592,18 (-0,60%) e 17.556,03 (-1,12%). Retrações que sucederam a divulgação do balanço do segundo trimestre da gigante do chips Nvidia, cujos papéis recuaram 2,10% no encerramento do dia anterior. Isso porque, a empresa relatou um crescimento considerado moderado se comparado às expectativas dos investidores com o impulso da empresa nos últimos meses a partir do hype da inteligência artificial (IA). Entre abril e julho, a Nvidia faturou US$ 30 bilhões enquanto o lucro líquido foi de US$ 16,6 bilhões.

Por outro lado, a cautela dos investidores, percebida pela dificuldade do Bitcoin em manter o suporte de US$ 60 mil, antecede a divulgação do núcleo da inflação do consumo (PCE, na sigla em inglês), nessa quinta-feira. O que pode confirmar ou não as palavras do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, que declarou que “é hora de começar a cortar as taxas de juros”, em um discurso no simpósio de Jackson Hole na semana passada. 

Embora menos acentuada ante alguns dias atrás, a aversão ao risco foi percebida pelo recuo dos fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em negociação à vista (spot) de Bitcoin, que registraram saídas líquidas de foram US$ 105,19 milhões, embora os de Ethereum (ETH) tenham avançado US$ 5,84 milhões em aportes líquidos, segundo dados da plataforma SoSoValue. 

Na região retrátil das principais altcoins em capitalização de mercado, o DOGS valia US$ 0,0014 (-10,1%), o POPCAT era negociado por US$ 0,69 (-8%), o STX orbitava US$ 1,61 (-7,1%), o FET se equiparava a US$ 1,20 (-6,4%) e o TAO valia US$ 295,34 (-6,3%). Em direção contrária, o OP se transferia por US$ 1,49 (+4,8%), o FLR estava cotado a US$ 0,015 (+3%), o IMX se convertia em US$ 1,48 (+2,5%), o ICP estava quantificado em US$ 8,03 (+2,6%) e o KCS se comparava a US$ 8,44 (+2%).

Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o HNT atingia US$ 7,47 (+12,1%), o FLZ se equiparava a US$ 3,08 (+19%), o OAS era negociado por US$ us$ 0,047 (+19%), o GPU se traduzia em US$ 0,86 (+13,7%), o VELO era comprado por US$ 0,013 (+11,9%), o LOKA era liquidado por US$ 0,21 (+12,6%), o STT era vendido por US$ 0,51 (+11,5%), e o KWENTA pareava US$ 42,28 (+10,5%).

Três tokens de baixa capitalização chamavam a atenção pela volatilidade nas últimas horas. Um deles o protocolo de finanças descentralizadas (DeFi) Tranchess (CHESS), negociado por US$ 0,21 (+34,3%) após anúncio de listagem da altcoin na plataforma de futuros da exchange de criptomoedas Binance. Já a memecoin PORK, cuja página do projeto no X se encontrava suspensa, orbitava US$ 0,00000013 (+32,1%) enquanto o Crypto-AI-Robo.com (CAIR), projeto que se apresenta como uma união entre IA e robótica focado em inteligência de dados, era negociado por US$ 0,23 (+607%) com um pico de preço de 880%, sem que fosse possível identificar um fator pontual para explosão do CAIR.

Entre as novas listagens em exchanges de criptomoedas estavam MBOX na Phemex, POPCAT na OKX Futuros, TRONDOG na BitMart, BRUH na Poloniex, WEN, MOG e CTX na Bitstamp, PORTAL, JOE e BNXNEW na Indodax, MUNCAT na Huobi e VARA na Crypto.com.

No dia anterior, três criptomoedas de baixa capitalização acumularam alta de até 210% no dia seguinte ao pulo de gato morto do Bitcoin, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.