Na manhã desta quarta-feira (28), o mercado de criptomoedas movimentava US$ 2,10 trilhões (-3,5%) enquanto o Bitcoin (BTC) era trocado de mãos em torno de US$ 59,7 mil (-4,1%) com dominância de mercado a 56,1%, sentimento dos investidores na neutralidade, porém mais próximo do medo (47%), e a maior parte das principais altcoins em capitalização de mercado no vermelho, apesar da alta acumulada semanal de até 210% de alguns tokens.

Se no mercado acionário a movimentação foi mista no dia anterior, quando índices historicamente correlacionados ao mercado cripto como S&P 500 e Nasdaq encerraram respectivamente a 5.625,80 (+0,16%) e 17,754,82 pontos (0,16), no mercado aberto mais ligado ao capital de risco, os sinais de aversão ao risco voltaram a aflorar. 

Esse sentimento foi percebido, por exemplo, pelo recuo dos fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em negociação à vista (spot) de Bitcoin, que registraram saídas líquidas de foram US$ 127,05 milhões enquanto os de Ethereum (ETH) acumularam saques líquidos de US$ 3,45 milhões, segundo dados da plataforma SoSoValue.  

No radar dos investidores há outros possíveis catalisadores de volatilidade do mercado de criptomoedas. Um deles é a divulgação do balanço do segundo trimestre da gigante dos chips Nvidia. Quinta-feira (29) acontece a divulgação do núcleo da inflação do consumo (PCE, na sigla em inglês), que pode confirmar ou não as palavras do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, que declarou que “é hora de começar a cortar as taxas de juros”, em um discurso no simpósio de Jackson Hole na semana passada.

Pelo lado positivo das principais altcoins em capitalização de mercado, o NOT orbitava US$ 0,0090 (+4%), o KLAY estava precificado em US$ 0,17 (+2,6%) e o HNT representava US$ 6,67 (+1,5%). Em direção contrária, o MATIC atraía US$ 0,44 (-10,6%), o SUI era negociado por US4 0,83 (-8%), o FTM estava avaliado em US$ 0,45 (-7,4%), o LDO se equiparava a US$ 1,09 (-6,9%) e o INJ orbitava US$ 19 (-6,7%).

Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o DOGS era transacionado por US$ 0,0015 (+30%), o POPCAT respondia por US$ 0,75 (+12,2%), o MBOX se convertia em US$ 0,18 (+16,5%), o IDEX se comparava a US$ 0,049 (+28,4%), o BILLY valia US$ 0,035 (+26,6%), o CHESS se nivelava por US$ 0,15 (+11,3%), e o ATR estava precificado em US$ 0,014 (+22,8%).

De acordo com o que informava a plataforma de mapeamento de preços on-chain CoinMarketCap, três tokens em alta nas últimas 24 horas também acumulavam ganhos semanais que chagavam a 210%. Nesse grupo formado por projetos rankeados entre os mil principais projetos cripto em capitalização de mercado estavam a memecoin Koala AI (KOKO), transferida por US$ 0,0000021 (+31,6%) com alta de 210% no acumulado de sete dias, o marketplace de tokens do mundo real (RWA, na sigla em inglês) baseado na rede Solana Artrade (ATR), transferido por US$ 0,014 (+23%) com ascensão de 110% em sete dias, e o token GMRX, da plataforma de gamificação de descentralização de poder computacional Gaimin, negociado por US$ 0,0014 (+11,5%) com alta de 26,6% no acumulado do período.

Gráfico de sete dias do par KOKO/USD. Fonte: CoinMarketCap

Entre as novas listagens em exchanges de criptomoedas estava CEC na Bitget, MBOX na Binance Futuros, SUCAT na CoinEx, LOBO na BitMart, ELMO e MAD na Poloniex, RARE e NOS na Bitvavo, DOGS na Indodax e BULL na Biconomy.

No dia anterior, apesar de altas de até 24%, o mercado de criptomoedas perdia força enquanto o Bitcoin mirava o PCE e a Nvidia, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.