Terra era originalmente um ecossistema com várias partes móveis. No entanto, sua stablecoin TerraUSD (UST) e o ativo LUNA enfrentaram uma catástrofe em 2022, causando grandes mudanças no projeto. Terra agora tem uma nova blockchain chamada Terra 2.0 com um novo ativo que também é chamado de LUNA, mas referido pela maioria como LUNA 2.0.
A blockchain Terra
As tecnologias Cosmos SDK e Tendermint foram usadas no desenvolvimento da blockchain Terra. Validadores apostando LUNA garantiram a blockchain Terra, que usava um algoritmo de consenso de proof-of-stake (PoS). Os proprietários de LUNA também podiam delegar sua LUNA para um único validador ou vários validadores e compartilhar recompensas. Validadores e delegadores podiam votar em mudanças no ecossistema Terra.
A blockchain Terra era composta por 130 validadores trabalhando juntos para executar ativamente a rede. Eles eram os 130 maiores detentores de LUNA, levando em consideração a quantidade de LUNA apostada pela entidade que supervisionava o validador e a quantidade de LUNA delegada a esse validador. Má conduta por parte de um validador resultou em redução — uma penalidade paga em LUNA, retirada de parte da LUNA apostada e delegada pelo validador — e uma pausa em trabalhar como parte dos 130 validadores principais que executavam a rede.
Os desenvolvedores também podiam construir aplicativos descentralizados (DApps) na blockchain Terra.
O projeto Terra original
Terra era anteriormente um ecossistema de projetos cripto com duas ramificações principais: um sistema de stablecoin (o protocolo Terra) e uma blockchain nativa (a blockchain Terra). Sua moeda nativa, LUNA, tinha múltiplos papéis no ecossistema, como ser usada para governança do ecossistema Terra.
O protocolo Terra era essencialmente um sistema de stablecoins algorítmicas funcionando na blockchain Terra, usado em conjunto com sua moeda nativa LUNA para manter uma taxa fixa com moedas fiduciárias, como o dólar dos EUA.
As stablecoins eram geralmente referidas como Terra, embora várias stablecoins diferentes existissem sob esse guarda-chuva, como TerraUSD (UST) — uma stablecoin com paridade com o dólar dos EUA (USD). Essas stablecoins formavam um pool, enquanto outro pool incluía LUNA, que tinha um preço variável.
Em termos gerais, as stablecoins eram mantidas alinhadas com seus valores fiduciários subjacentes por meio de arbitragem entre os dois pools. Uma stablecoin era criada ou queimada em conjunto com a criação ou queima de LUNA, dependendo da direção em que essa stablecoin se afastava de seu preço fiduciário pretendido, com arbitragistas de mercado lucrando com as diferenças, se e quando ocorriam.
A queda da Terra
Em 2022, o design da stablecoin UST levou ao colapso no preço tanto dos ativos UST quanto da LUNA. UST perdeu sua paridade com o dólar, acabando por cair abaixo de US$ 0,05 por UST. LUNA caiu quase 100% em valor. Do Kwon, co-fundador da Terraform Labs — a entidade que construiu o ecossistema Terra — propôs o nascimento de uma nova blockchain sem uma stablecoin relacionada. Chamada de Terra 2.0 (também conhecida como Phoenix-1), a nova blockchain foi lançada com um novo ativo também chamado LUNA, mas conhecido pela maioria como LUNA 2.0. Os planos também incluíam o lançamento do novo ativo para certos participantes do ecossistema Terra.
A blockchain Terra original tornou-se Terra Classic, com seu ativo chamado Luna Classic (LUNC). TerraUSD também se tornou TerraUSD Classic (USTC).
Preço da moeda LUNA
LUNA, ou LUNA 2/LUNA 2.0, é agora o ativo do ecossistema cripto Terra LUNA atual. O valor do ativo cripto LUNA é mostrado no gráfico LUNA acima. O preço na parte superior da página mostra o preço atualizado do Terra LUNA hoje através de um preço ao vivo de LUNA para USD.
