Os cerca de 3,6 milhões de clientes cadastrados na XP Investimentos deverão contar com uma nova opção de investimento no portfólio da empresa a partir de meados de agosto. Trata-se da incorporação de uma plataforma de negociação de compra e venda de criptomoedas integrada ao aplicativo da corretora.
Fruto de uma parceria entre a XP e a Nasdaq, a XTAGE, nome da plataforma de negociação de criptomoedas, começará a disponibilizar, em um primeiro momento, as duas maiores criptomoedas do mercado, o Bitcoin (BTC) e o Ethereum (ETH), segundo informações do diretor de produtos financeiros da XP, Lucas Rabechini, à Reuters.
Apesar da previsão inicial de começar a operar em julho, Rabechini frisou que não houve atraso na implantação da XTAGE. Segundo ele, a plataforma está acessível desde o início de julho a funcionários da empresa, que estão testando o novo produto.
O executivo acrescentou que a XTAGE também está trabalhando para implantar novas funcionalidades ao longo do segundo semestre e que mais 10 criptoativos deverão ser acrescentados à plataforma até o final de dezembro.
Rabechini não revelou se a corretora irá trabalhar com todas as categorias de criptoativos, que incluiria os tokens não fungíveis (NFTs) e outros, por exemplo. Mas ele deixou claro que a empresa dispõe de um grupo de estudos relacionado às possibilidades, uma vez que as discussões envolvem questões como a segurança e rentabilidade, incluindo a áreas de tokenização e de finanças descentralizadas (DeFi).
Ele reconheceu que, com o mercado de baixa, o movimento inicial poderá encontrar um volume reduzido de negociações, embora a expectativa seja de crescimento de longo prazo, e ressaltou a infraestrutura tecnológica que será disponibilizada aos clientes através da parceria com a Nasdaq, o que, segundo ele, vai possibilitar "uma plataforma super rápida e super escalável."
A XP Investimentos deu o pontapé inicial para oficialização da XTAGE no final de janeiro ao protocolar um “Pedido de registro de marca (com especificação por livre preenchimento)” junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), instituição federal ligada ao Ministério da Economia, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.
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